Os servidores da Controladoria-Geral da União no Piauí (CGU) decidiram continuar nesta sexta-feira (19), a paralisação das atividades do órgão, que teve início na última quinta-feira,(18). Os dois dias de reivindicação foram decididos em Assembleia Geral Extraordinária. No Piauí, 32 servidores aderiram ao movimento.
A categoria exige que o Governo Federal respeite os termos do acordo firmado com a carreira e os compromissos assumidos pelo Ministério da Fazenda. Reivindica também paridade salarial entre os servidores da CGU e Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com as outras carreiras típicas de Estado.
Para o delegado sindical do Estado, Eurípedes Andrade, com a criação da CGU, o resultado de maior destaque no Piauí foi à fiscalização de gestores municipais quanto ao uso de recursos federais. “Desde a existência da CGU, houve esforço, dedicação e comprometimento com o aperfeiçoamento e a transparência da gestão pública, além do trabalho de prevenção e combate à corrupção no Brasil” reforça o delegado.
O Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) divulgou carta aberta, defendendo o equilíbrio entre as carreiras de auditoria integrantes do processo de arrecadação e gasto, ressaltou ainda que a medida é importante por dar equilíbrio a contas públicas.
"A Unacon afirma que mesmo com todas as dificuldades impostas ao longo de todos esses anos, os trabalhos de auditores e técnicos da CGU resultaram em diversos benefícios ao país, listando, por exemplo, que foram mais de R$ 14 bilhões economizados aos cofres públicos; mais de 200 operações de prevenção e combate à corrupção realizadas em parceria com outras instituições como Ministérios Públicos e Polícia Federal; mais de 200 municípios fiscalizados, resultando na fiscalização da aplicação de mais de R$ 24 bilhões de recursos; foram mais de 13 mil auditorias realizadas, entre outras ações", informou a entidade, por meio de nota.
A entidade sindical também repudia a extinção da CGU, feita por meio da Medida Provisória 726/2016, assinada pelo presidente interino Michel Temer (PMDB).
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