Um dia após o abalo sísmico sentido na capital Teresina e em cidades da região Entre Rios, o Comando Geral do Corpo de Bombeiros do Piauí divulgou balanço das operações de vistoria técnica. Não foram identificados prédios com danos estruturais causados pelo tremor. Baseada em imagens de aglomerações de pessoas e nas chamadas de ocorrência durante o terremoto, as autoridades estaduais de segurança avaliaram que por pouco não houve situação de pânico, o que contribuiu para a não ocorrência de vítimas.
De acordo com o major José Veloso, relações públicas do Corpo de Bombeiros, as diligências de segurança nos prédios deverão ser concluídas ainda nesta quarta-feira (04). “A nossa conclusão será tranquilizar as pessoas quanto às condições de segurança dos prédios. Hoje, queremos encerrar todas as vistoriais. A orientação é evitar situação de pânico”, explica o major.
Em resposta imediata ao inusitado fenômeno natural, o Corpo de Bombeiros do Estado tem diligenciado equipes para vistoria técnica de prédios públicos e privados da capital. O procedimento inicial recomendado foi evacuação dos prédios que agora passam por vistorias de segurança. Até agora nenhuma estrutura física foi identificada com danos consequentes do tremor que em Teresina atingiu, segundo os órgãos especializados, 4,5 graus de magnitude tendo como epicentro a cidade de Belágua, no interior do Maranhão, a 230 km da capital piauiense.
Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o comportamento da população foi positivo considerando as possibilidades de acidentes e a falta de conhecimento que se tem a respeito. “A população, apesar de não termos histórico de terremotos no nosso estado, teve um bom comportamento. Gerou-se certo desconforto inicialmente, algumas pessoas por pouco não entraram em pânico, mas a avaliação foi positiva. Não houve casos de acidentes ou de pessoas tendo que ser atendidas por ambulâncias”, relata o major Veloso.
Para os Bombeiros, a prudência e a calma razoáveis da população que sentiu o abalo garantiu a segurança e a não ocorrência de vítimas e danos materiais. A corporação alerta que o estado de pânico e o tumulto são perigosos e podem gerar acidentes e vítimas fatais. “A condição, se houver a necessidade, e em qualquer situação de evacuação de um prédio, quer seja numa situação dessa de terremoto quer seja numa situação e incêndio ou de um evento adverso, é de estar ciente, de fazer as coisas de maneira consciente e controlada. Quem estiver no prédio deve se direcionar à saída o mais rápido e com a maior calma possível para evitar a correria. Não é aconselhável, por exemplo, querer ultrapassar uma outra pessoa no meio de uma escada, isso pode gerar desequilíbrio e queda”, informa Veloso.
Apesar das informações técnicas apontarem para a não reincidência de tremores, o Corpo de Bombeiros reforça a necessidade de calma e seguridade. O medo e o desespero na hora de evacuar, em caso de novo tremor, podem gerar vítimas. “Existe um limite muito tênue entre você sair rápido e sair em desespero. Porque sair rápido é uma questão de segurança. Agora quando se percebe que há certo pânico, certo tumulto ou correria isso pode causar, para alguma pessoa que venha a cair, um efeito dominó, podendo acabar com a queda e o atropelo de outras pessoas”, alerta o bombeiro.
Tremor
No início da manhã dessa terça-feira (03), um abalo sísmico que durou por volta de 15 minutos atingiu a cidade de Teresina e localidades piauienses vizinhas como União, Altos e José de Freitas. Segundo confirmou o coordenador da Defesa Civil, Vitorino Tavares, o epicentro do terremoto foi no Norte da cidade de Várzea Grande, no Maranhão, que fica localizada a 230 km de Teresina e 90 km da capital do Maranhão, São Luís. O tremor percorreu um raio de mais de 300 km e foi sentido também em cidades maranhenses próximas, como Caxias e Timon. Não foram registradas vítimas nem outros danos consideráveis, como se espera de abalos sísmicos desta magnitude.
Orientações gerais
Em casos de tremores, incêndios ou demais acidentes em prédios que exijam evacuação, para manter-lhes protegidas, as autoridades de segurança orientam que as pessoas caminhem para a saída com pressa, mas sem correria e nem atropelos, e que não empurrem umas às outras. Orientações simples na hora de evacuar como retirar calçados de salto, para uma locomoção mais rápida, e manter o foco e seriedade devem ser seguidas para maior segurança de quem quer encontrar um local seguro para abrigo
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