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17/01/2017 - 10h40

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17/01/2017 - 10h40

No Piauí, 60% dos presos são provisórios; TJ anuncia agilidade nos julgamentos

Morosidade do Poder Judiciário contribui para aumentar a crise no sistema prisional.

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O presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), desembargador José James Gomes Pereira, esteve reunido com todos os juízes criminais de Teresina e das maiores cidades do estado ontem (16). Em pauta, a crise carcerária nacional, que por sua vez produz reflexos no Piauí.

 

Segundo o desembargador José James, o objetivo é debater o tema com os magistrados para traçar estratégias e ações que possam minimizar este problema no sistema carcerário estadual. Nesta linha, citou o julgamento de presos provisórios como prioridade.

 

“O Piauí tem hoje cerca de 4.200 presos e destes, mais de 60% são presos provisórios, ou seja, que aguardam julgamentos. O que estamos fazendo é um esforço concentrado no sentido de que se possa julgar rapidamente estes processos. Estamos designando quatro juízes auxiliares para auxiliar as 12 Varas Criminais da capital, mais um juiz para a cidade de Parnaíba e outro para Picos. Com isso, poderemos agilizar o julgamento destes processos, diminuindo a tensão interna nos presídios. Esperamos que dentro de 90 dias estejamos dando uma resposta para a sociedade e para nossos órgãos superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, explicou o desembargador José James.

 

Sobre a grande quantidade de presos provisórios, o desembargador José James ressaltou que este problema não é só oriundo do Poder Judiciário. “É necessário que os demais agentes como o Ministério Público e Defensoria Pública estejam integrados. Para isso, estamos convidando esses órgãos para na quarta-feira nos reunirmos com o intuito de também termos um esforço concentrado com estas entidades, de forma a minorar esta situação”, esclareceu o desembargador.

 

“NÃO É MUTIRÃO”


O Desembargador José James evidenciou que o termo usado não é mutirão, pois está defasado do ponto de vista social.

 

“No mutirão você faz um esforço concentrado, resolve um problema imediado, mas depois de dois, três meses, você volta a ter um volume enorme de processos, porque não conseguimos julgar todos os processos e o gargalo volta a ficar visível para o futuro”, comentou.

 

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