Cerca de 10 mil pessoas participam nesta sexta-feira, 28 de abril, da greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo Temer, em Teresina, capital piauiense.
O protesto teve início nas primeiras horas de hoje quando motoristas e cobradores dos transportes coletivos da capital cruzaram os braços.
As 8 horas os manifestantes concentraram-se na Praça Rio Branco e na gerencia estadual do INSS, quando saíram do local e acompanhados de carros de som, seguiram em passeata pelas principais ruas e do calçadão centro comercial da capital.
A maioria das lojas baixaram suas portas, outras fecharam e a quantidade de consumidores no centro comercial foi bastante pequena.
Diretores de dezenas de sindicatos de trabalhadores se revezaram no microfone dos carros de som falando palavras de ordem e convocando os trabalhadores e consumidores do comércio a participarem do movimento, tendo bastante apoio.
Para o presidente do Sintsprevs-Pi, Antônio Machado, a greve geral serve de orgulho, pois o povo brasileiro acordou, ou pelo menos está acordando, e serve para que aqueles que ainda adormecem também lutem a favor das conquistas históricas que vem sendo liquidadas pelo Congresso Nacional.
Sobre a adesão dos trabalhadores em saúde e previdência social no Piauí à greve geral, Machado afirmou que no INSS 100% dos servidores da capital aderiram a greve e também dezenas de agências do interior também paralisaram suas atividades.
"Essa luta não termina com essa greve geral, ela precisa continuar para que possamos barrar o pacote de maldade do governo federal", ressalta o presidente.
Para o juiz do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí, Francisco Meton, que falou aos participantes, a reforma trabalhista do governo Temer é um retrocesso, pois os trabalhadores levaram muito tempo para construir a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), para agora um Congresso Nacional cheio de ladrões destruirem.
A manifestação acontece de forma pacífica, mesmo sem a presença da polícia e, reúne militantes de partidos políticos de esquerda, de movimentos sociais e da Igreja Católica. Após seguidas caminhadas pelas ruas centrais da capital, os trabalhadores se concentram no começo da tarde, na Praça da Liberdade, ao lado da Igreja São Benedito.
A novidade tem sido a participação de centenas de jovens que com muita animação portam cartazes denunciando os parlamentes piauienses que votaram a favor da reforma trabalhista e tocando instrumentos musicais que motivam e animam o protesto.
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