Depois da primeira greve geral contra o governo Temer, em 28 de abril, e das manifestações que acabaram com as Forças Armadas nas ruas, em 24 de maio, a gestão peemedebista vai enfrentar outra paralisação nacional no próximo dia 30 de junho. Desta vez, no entanto, os protestos incluirão o grito de ordem #ForaTemer e serão realizados em meio à mais grave crise enfrentada pelo presidente, formalmente investigado por corrupção passiva, associação criminosa e obstrução de Justiça. A data foi definida nessa segunda-feira (5) por lideranças de centrais sindicais, na sede regional da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), em São Paulo.
Todos os estados brasileiros terão mobilização dos sindicalistas em 30 de junho, a última sexta-feira deste mês. Em comunicado à imprensa, as entidades sindicais convocam a população para se integrar a outra manifestação, esta com caráter preparativo, a ser chamada de “Esquenta Greve Geral”, pré-agendada para 20 de junho, dez dias antes da paralisação nacional. Os sindicalistas prometem “força total na mobilização da greve em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, contra as reformas trabalhista e previdenciária e pelo #ForaTemer”.
“A ideia é manter o foco contra as reformas defendidas pelo governo, para continuar alertando trabalhadores e trabalhadoras sobre os riscos que corremos de perda de direitos trabalhistas, culminando numa nova greve geral ao fim do mês de junho”, declarou o presidente da NCST, José Calixto Ramos.
Para o dirigente, as manifestações serão algo constante daqui em diante, de maneira a manter a população informada sobre as propostas, consideradas pelos sindicalistas como prejudiciais aos trabalhadores. Além disso, informa José Calixto, será criada uma comissão com o objetivo de discutir, individualmente, com cada senador – a preocupação com tais membros do Parlamento tem explicação no fato de que a reforma trabalhista, que as centrais veem como um cardápio de retirada de direitos, já tramita em comissões do Senado e pode ser levada rapidamente ao plenário, onde Temer ainda tem a maioria, embora fragilizado.
A nova greve geral foi decisão que reuniu, além da Nova Central Sindical de Trabalhadores, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical (Força), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Central Sindical e Popular (Conlutas), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), e a Intersindical (Central da Classe Trabalhadora, A Pública e Central do Servidor).
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