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30/06/2017 - 10h07

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30/06/2017 - 10h07

Sindicatos fazem novamente greve geral contra as reformas

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Centrais sindicais convocaram para está sexta-feira (30) uma nova greve geral em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista do governo Michel Temer (PMDB). O movimento, convocado pelas centrais sindicais e também pelas as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, promete ser menor que o último ato realizado no dia 28 de abril. No entanto, em diversas cidades do país, o dia promete ser de paralisação e protestos.

 

Além das reformas, os manifestantes também protestam pelo “Fora Temer” e pelas “Diretas Já”. Na última quarta-feira (28), a reforma trabalhista avançou no Senado, com aprovação do parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

 

Em Teresina, a concentração está acontecendo na praça Rio Branco, local onde onde os manifestantes sairão em caminhada pelas principais ruas do centro comercial e a avenida Frei Serafim. Os transportes coletivos estão funcionando precariamente, vez que o Sindicato da categoria está apoiando o movimento de paralisação. 

 

Em São Paulo, os rodoviários voltaram atrás e decidiram não aderir à paralisação. O metrô deve funcionar parcialmente. Uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou que 80% dos metroviários trabalhem em horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h). Nos demais períodos, o efetivo deverá ser de 60%. Em caso de descumprimento, será aplicada multa no valor de R$ 100 mil. Segundo a CUT, haverá a adesão de bancários, professores, petroleiros e profissionais da saúde no estado. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupa, agora pela manhã, o Aeroporto de Congonhas e Guarulhos.

 

No Rio de Janeiro, o movimento começou na madrugada. Na Ponte da Barra, em Macaé, no Norte Fluminense, manifestantes atearam fogo em pneus e fizeram um bloqueio para interditar a ponte. A cidade é conhecida como a capital nacional do petróleo, por produzir quase 80% do petróleo do país. Bancários, professores, metalúrgicos, vigilantes e petroleiros aderiram aos protestos. Os manifestantes fazem bloqueios em diversas vias e bairros do estado, bem como nos aeroportos do Galeão e Santos Dumont.

 

Em Curitiba, professores, bancários, vigilantes, metalúrgicos e petroleiros também paralisaram, mas os metroviários mantiveram a rotina de trabalho.

 

Já em Brasília,  metroviários, rodoviários, bancários, professores e trabalhadores do Judiciário decidiram cruzar os braços e farão movimentos pontuais na capital. Para evitar tumultos e depredações de prédios públicos, a Polícia Militar escalou mais de 2,6 mil policiais para atuar “em dois turnos ininterruptos de forma a garantir o direito de manifestação e ao mesmo tempo proteger a população e o patrimônio”.

 

O acesso à Esplanada dos Ministérios já amanheceu limitado. Já os acessos por avenidas paralelas (S1 e N1) foram fechados a partir da meia-noite desta sexta-feira, na altura da Rodoviária do Plano Piloto. Somente veículos oficiais serão autorizados a transitar na região. Equipes também farão revistas pessoais.

 

A Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do Distrito Federal autorizou a entrada de dois carros na Esplanada dos Ministérios. Os veículos serão colocados na área da manifestação antes do evento e não irão transitar entre os manifestantes, como em atos anteriores.

 

A polícia informou que para evitar danos ao patrimônio público, os ministérios serão cercados e será implantada uma barricada em frente ao Congresso Nacional, também será reforçado os acessos aos prédios anexos dos ministérios. O Batalhão de Policiamento Rodoviário irá fiscalizar os ônibus que chegarem ao Distrito Federal para manifestação. Também serão realizadas abordagens nas BRs 020, 040, 060 e 070.

 

Durante todo o dia, estão previstos atos em Fortaleza (CE), Belo Horizonte (BH), Mossoró (RN), Porto Velho (RO), São Paulo (SP), Osasco (SP), Ribeirão Preto (SP), Aracaju (SE), Rio de Janeiro (RJ), Macaé (RJ), Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR), Maringá (PR).

 

Na última greve realizada no dia 28 de abril, segundo a CUT, mais de 35 milhões de brasileiros deixaram de trabalhar. A paralisação afetou significativamente a mobilidade em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e em quase todas as grandes cidades do país.

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