Em reunião com representantes do Programa Brasil Mata Viva, nesta terça (22), o governador Wellington Dias tratou da implantação de créditos de floresta para o estado. De acordo com o Incra, Instituto nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Piauí possui cerca de 18 milhões de hectares de reservas florestais intactas. Além da preservação da fauna e flora e das contribuições para o clima e para a manutenção de recursos hídricos, a proteção dessas áreas florestais pode se transformar em ativos ambientais contábeis.
“O estado do Piauí prepara uma política de incentivos a todo o setor produtivo para proteger as florestas do estado. E prepara para inventariar, fazer o inventário ambiental das florestas do Piauí, públicas, de maneira que a gente venha a remunerar o serviço ambiental de proteção floresta. Esse trabalho vai gerar novos recursos para o estado e vai mudar o modelo de desenvolvimento do Estado do Piauí e do Brasil. É um novo jeito de enxergar a propriedade da terra, o uso da terra, o direito à vida”, destacou Olavo Noledo, representante do Programa Brasil Mata Viva.
Para que haja a comercialização é necessário que os créditos de florestas sejam certificados e, posteriormente, homologados por instituições com reconhecimento internacional. Os critérios para certificação devem estar em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), aliando crescimento econômico, inclusão social, preservação do meio ambiente e qualidade de vida.
O representante do programa Brasil Mata Viva, que é parceiro do governo na implantação da ação no Piauí falou sobre os próximos passos do projeto. “Nós estamos ajustando toda a burocracia, com as secretaria de fazenda e Meio Ambiente. As demais áreas de governo vão ser envolvidas para ver processos indutivos que possam agregar valor a esses títulos. Nós vamos inventariar as florestas do Estado e nós vamos certificar esses inventários para gerar títulos verdes do estado”, explicou Olavo que apontou os primeiros resultados para o início de 2018.
Nos últimos anos, investidores e grandes empresas têm reagido bem no sentido de garantir a compra de títulos de conservação. A estimativa é de que o Piauí arrecade cerca de R$ 40 milhões por ano com os créditos de floresta, permitindo os investimentos necessários e a sustentabilidade de parques ambientais e de reflorestamento das matas degradadas.
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