O Deputado Estadual Antônio Félix (PSD) recebeu um parecer da Controladoria Geral do Estado (CGE) contatando irregularidades no Projeto Cidade Asfalto que deveria ter sido executado pela EMGERPI em 2008, na gestão do então governador Wellington Dias (PT).

O valor total é de R$ 1.278.269,69, correspondente a Ordem de Serviço nº 185/2008, cujo objeto foi a obra de pavimentação asfáltica em AAUF de 43. 300 m² nas seguintes ruas: Pergentino Lobão que liga o colégio Patronato à conhecida quadra do Zabelão; As ruas do entorno do Estádio Deusdeth de Melo; A rua que dá acesso ao Cemitério do Bairro São João e a Avenida Pernambuco (principal Avenida do Bairro de Flores).

MORADORES GARANTEM QUE RUAS NUNCA FORAM ASFALTADAS

Moradores das ruas que estavam no programa reafirmam que os logradouros nunca sequer receberam um metro de asfalto. Como é o caso da Avenida Pernambuco, onde o Comerciante João de 65 anos e há 17 anos reside na região garante que a obra nunca existiu. “A única melhoria que teve, foi uma operação tapa-buraco realizada na gestão do prefeito Joãozinho Félix”, informou o morador acrescentando que o asfalto existente tem em média 30 anos e foi colocado na gestão do ex-governador Alberto Silva.

O pastor Evandro da Igreja Assembleia de Deus que fica na Rua Capitão Francisco Félix, que passa em frente ao Estádio Deusdeth de Melo também garantiu que o logradouro nunca foi asfaltado. “Nunca veio asfalto pra cá, só promessa e nós estamos esperando porque o acesso iria fluir melhor”, pontuou.

OBRA FOI FEITA EM RUA QUE NÃO ESTAVA NO PROJETO

O primeiro relatório de visita técnica realizada, no dia 04/12/2008, pelo engenheiro civil João Alves de Moura Filho atestou que foi executado 16,10% da obra. Ocorre que a referida pavimentação verificada na medição ocorreu na Rua José Ovídio Bona, no perímetro que liga a Praça da Bandeira ao final do Bairro Cariri, e o projeto não previa a pavimentação nesta rua, mas mesmo assim a empresa NM Engenharia que por sinal efetuou apenas um contrato verbal com a EMGERPI recebeu a quantia de R$ 130 mil reais em 17/09/2008, dois dias após a assinatura da Ordem de Serviço e sem ter iniciado a obra.

O problema é grave e a CGE e o deputado Antônio Félix querem a apuração e punição dos envolvidos, para isso já encaminharam o relatório ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado. “Queremos saber onde está esse dinheiro e que os culpados sejam punidos, pois o povo espera essa obra”, comentou o deputado campomaiorense.

Em 2008, o Programa Cidade Asfalto foi denunciado por Antônio Félix, pois estaria sendo realizado em diversas cidades no estado e na época das eleições. Em Campo Maior, o asfalto colocado se desmanchou em pouco menos de seis meses após sua colocação, o que fez aumentar a suspeita.

Fonte: Campo Maior em Foco