Durante convenção do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que oficializou a permanência de Wagner Ribeiro Feitosa à frente da sigla no município - realizada na tarde deste sábado (26) na Câmara Municipal de Itaueira - partidos de oposição ao prefeito Quirino Avelino (PTB) defenderam a união para lançar uma chapa competitiva no próximo ano.
O evento marcou a volta do ex-deputado e prefeito Osmundo Andrade (PMDB) para as trincheiras da oposição. PSD, PSDB, PRTB, Pros e PV também prestigiaram o encontro do PSB. Os representantes do PT não compareceram, mas segundo os anfitriões o partido justificou ausência e reafirmou ser de oposição.
O professor Francisco Abraão, pré-candidato a prefeito pelo PSB assumiu a vice-presidência. Além do educador, a disputa interna pela cabeça da chapa majoritária conta no momento com mais dois nomes: Chico Moura (PSD) e Verônica Lima (PRTB), mas outros nomes podem surgir até o próximo ano.
Em seu pronunciamento, Wagner Ribeiro Feitosa falou pela primeira vez publicamente que não pretende se candidatar a prefeito nas próximas eleições. Ele acredita que é momento do grupo apresentar outro nome, que seja de consenso e tenha o apoio irrestrito de todos os partidos de oposição. A decisão do ex-prefeito ainda não foi compreendida por algumas tendências do grupo.
Análise ___________________________
Os nomes colocados até agora dividem opinião interna e externamente. Na busca pelo consenso e manutenção da união, muita coisa pode mudar até o registro das candidaturas. Pelo menos nos discursos, os líderes demonstraram amadurecimento, mas no dia a dia das pré-campanhas o espirito republicano ainda não é uma realidade plena.
O desprezo pelo Poder Legislativo
Na briga pela candidatura a prefeito e pelo cargo eletivo mais inexpressivo da República, vice-prefeito, os partidos, principalmente os de oposição no município, estão se esquecendo de montar uma chapa proporcional competitiva e que represente renovação na Câmara Municipal.
Alguns partidos preferem lançar um único candidato, estratégia provinciana que vai de encontro às orientações dos diretórios nacionais e estaduais. Além disso, afasta nomes novos da política e os eleitores se enfadam, pois a cada quatro anos encontram as mesmas opções na hora de votar.
O resultado é um Poder Legislativo cansado, alheio aos debates contemporâneos e bem distante de suas verdadeiras atribuições.
É preciso saber ouvir as manifestações
Nos últimos dois anos o povo brasileiro decidiu ocupar as ruas para demostrar insatisfação com a atuação das instituições públicas. A palavra de ordem é renovação. Mas não se trata apenas de mudança de nome, tirar Djair e colocar João do Caminhão, o que se busca são novos comportamentos, posturas mais decentes na gestão pública.
De nada adianta escolher uma nova opção que já chega ao poder carregada de vícios, que seja fisiologista. Que em vez de projetos coerentes para a coletividade carregue consigo somente planos e metas pessoais. Não dá mais para continuar elegendo raposas para cuidar de galinheiros. Reflita!
Itaueira
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