A Defensora Pública, Dra. Hildeth Evangelista afirma que a Secretaria de Segurança está descumprindo a lei que foi sancionada em 1995 que determina a implantação em sete municípios. Apenas Campo Maior não possui.

A Defensora Pública de Campo Maior, Dra. Hildeth Evangelista resolveu entrar de vez na briga pela implantação da delegacia da mulher no município. Ela irá levar o caso para ser discutido durante a 1ª Jornada em defesa dos direitos da mulher em situação de violência que será realizada no dia 28 de novembro no auditório da Câmara de Vereadores de Campo Maior.

Em entrevista à reportagem do Campo Maior em Foco, ela apresentou a lei de nº 4. 777 que foi sancionada em julho de 1995 pelo Governo do Estado dispondo da criação da Delegacia de Defesa dos Direitos da Mulher em Parnaíba, Picos, Oeiras, São Raimundo Nonato, Floriano, Corrente e Campo Maior, sendo que apenas está última ainda não possui tal delegacia.

Segundo ela, a culpa é da Secretária de Segurança do Piauí pela discriminação. “Aqui só existe um prédio pra dois distritos. As mulheres não se sentem a vontade para denunciar. É preciso um espaço mais apropriado para dá atenção a esse grupo”, comentou a defensora.

Dra. Hildeth, que já foi delegada geral em Campo Maior, afirma que a delegacia do município não atende os padrões. “Nós já temos uma delegada, então porque não criam a delegacia da mulher?”, questionou.

O delegado Luis Alberto que atua no 1º DP também conversou com o Campo Maior em Foco. Ele informou que apesar das dificuldades e sem a existência de uma delegacia especializada em defesa da mulher, o número de ocorrências que são registradas diariamente são enormes. “Chegamos a ter 10 registros só num dia”, pontuou Luis Alberto que deverá deixar o cargo em dezembro para assumir a cadeira de vereador em Inhuma (PI).