Provavelmente só possível no Brasil, essa notícia é a síntese ideal de raposa vigiando o galinheiro: nos próximos dias, ao que se sabe até o dia 09, as duas casas do Congresso Nacional vão indicar cada uma um membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Sem qualquer pudor a imprensa informa que “em tempos de Lava Jato, partidos políticos e o Palácio do Planalto estão especialmente atentos ao resultado da disputa [porque] O CNJ é responsável por julgar e punir eventuais falhas de juízes de todo o Brasil”. Na Câmara, o favorito a receber a indicação é o advogado Felipe Cascaes, do Departamento Jurídico da Casa Civil. Muito ligado ao deputado Heráclito Fortes e apoiado pelo Palácio do Planalto, Cascaes é alvo de acusações de improbidade administrativa e foi contratado para a Câmara por Eduardo Cunha. No senado, como não poderia deixar de ser, o favorito é Henrique de Almeida Ávila, apadrinhado de Renan Calheiros e apoiado por Gilmar Mendes. Galinhas, tremei!
 

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Edwar Castelo Branco é professor da UFPI, nas redes sociais.