Fidel Castro deixa um legado que ninguém pode ignorar, ainda que tenha sido cruel com os chamados inimigos da revolução. A coragem de desafiar o imperialismo americano é talvez o seu maior feito. Não é pouca coisa segurar a soberania de uma ilhazinha com o inimigo poderoso bafejando em seu cangote - 100 Km de distância.
Engraçado é que os que festejam a morte de Fidel não falam da tirania americana. Quem impôs embargo comercial? Quem mantém Guantânamo?
E mesmo com embargo, Cuba tem os melhores indicadores sociais das Américas. Tem um médico para cada 160 habitantes, analfabetismo quase zero, não é pra qualquer um. Imagina o que teria sido sem bloqueio econômico. Lá teve uma revolução sangrenta, já aqui teve um golpe militar e durou 22 anos, se considerarmos o colégio eleitoral como algo democrático.
Foram 22 anos "falando de lado, olhando pro chão". Macaco não olha pro rabo, mesmo. Obama demorou muito na reaproximação com Cuba e Trump pode querer subjugar, de novo, a ilha. E Raul não tem a força nem o carisma de Fidel. Pobres cubanos!
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Regina Sousa é senadora (PT-PI) - nas redes sociais.
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