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Redação

acessepiaui@hotmail.com

15/12/2016 - 10h17

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Redação

acessepiaui@hotmail.com

15/12/2016 - 10h17

Elite partidária articula operação salva Temer a qualquer custo

O movimento para salvar Michel Temer anda frenético. Não importa o que sobre do governo. É o plano, mesmo nestes dias de boatos de degola de todos os homens do presidente, que vão sendo dizimados por delações. Mesmo neste mês em que, se a revolta não está nas ruas, ruge nas redes.

 

Trata-se de estabilizar a ponte para o futuro até 2019. De não deixar a pinguela cair, de evitar o colapso econômico e de colocar na conta da transição temeriana o custo mais intragável de mudanças econômicas, como agora deveria ser bem sabido.

 

A operação inclui contra-ataque aos avnços do Ministério Público, que não deve confundir com as meras tentativas de solapar a Lava jato ou de salvar procurados pela polícia no Parlamento. 

 

A palavra é "estabilizar", "segurar os radicais" do MP, conter o tumulto. Mas há um  ponto comum entre quem pretende fugir da polícia e quem conter o Comitê de Salvação Pública da Lava Jato: alguma lei de abuso de autoridade ou outro tipo de pressão. Em outra crise grave, um projeto de lei caiu nessa quarta (14), por liminar do Supremo. Deve reencarnar em outro corpo, no ano que vem.

 

Se havia dúvida, o PSDB assumiu a relação com Temer como se não houvesse um amanhã de cassação no TSE ou trauma ainda maior. O movimento continua entre membros de tribunais superiores e antigos companheiros de viagem de PSDB e PMDB, como o homem dos três Poderes, Nelson Jobim, e outras eminências dos corredores da elite.

 

Aécio Neves fez nessa quarta-feira outro anúncio formal de renovação de votos da união com Temer: "Continuaremos ao lado deste governo até o finla desta travessia". Senadores do PSDB, José Aníbal e Tasso Jereissatti na comissão de frente, fazem uma rede de debates na elite a fim de juntar ideias econômicas.

 

Hernique Meireilles (o ministro da fazenda) refez as pazes com o tucanato, ontem em almoço. Houvera estranhamento do ministro da fazenda com o PSDB.

 

No momento em que bateu um certo desespero na elite, o partido pareceu avançar sobre o governo, na economia em particular, enquanto que gende do próprio planalto fritava Meirelles de leve. Não pegou bem. Ontem, pareciam todos no mesmo barco.

 

Bateu desespero na elite. Que tenta se mexer. 

 

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Vinicius Torres Freire, colunista da Folha de São Paulo. 

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