Apenas um "monstrumonumento" que a cada ano sedia, no 13 de Março o maior espetáculo e desfile de egos inflados do Piauí. Quando são entregues um sem número de condecorações em medalhas da Ordem do Mérito Renascença outogardas pelo Governo do Estado do Piauí e da Ordem do Jenipapo pela Prefeitura Municipal de Campo Maior. Uns poucos medalhados são reconhecidamente merecedores e que preenchem os pre-requisitos para a devida outorga. Outros porque vão à caça para figurarem na lista dos agraciados e já houve caso de alguém por ser influente incluiu na lista como forma de reconhecimentos e gratidão um nome para ser condecorado pelo Exmo. Sr. Governador do Estado. Uma pena que um local de tamanha importância para a história do Brasil, o estado que foi palco de uma epopeia de eventos históricos e que o mais importante deles selou a unidade do território nacional, a Batalha do Jenipapo, ocorrida a 13 de março de 1823, fique no quase completo abandono. Não basta a presença de um gestor. É necessário apoio financeiro, vontade e determinação política dos Governos, do Estado e do Município em fazer daquele sítio um local que orgulhe não somente campomaiorenses e piauienses mas faça com que este orgulho ultrapasse as divisas do estado irradiando por todo o país. A coisa vai muito além de cuecas penduradas, milagres e livros espalhados pelo cruzeiro como provas de fé de pessoas que têm devoção pelas almas do batalhão. Que isso enfeia não há dúvidas. Mas fácil de ser resolvido. Mas o que é feio mesmo é o desprezo das autoridades para com o Monumento aos Heróis do Jenipapo.
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Herivelto Silva Cordeiro é natural de Campo Maior e funcionário público federal.
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