Pesquisa da Fundação Abrinq divulgada nessa terça-feira, 21/03, revela que entre 2014 e 2015 houve um aumento de 11% do total de meninos e meninas entre cinco e nove anos que substituiram o tempo de viver a infância pelas atividades profissionais, seja no campo ou na cidade. Os dados tem como base os números mais recentes do IBGE.
Pelo segundo ano seguido houve crescimento do trabalho infantil. De 2005 a 2013, o trabalho infantil entre cinco e nove anos havia reduzido 81%, de 312.009 crianças para 60.534. Já de 2014 e 2015, foram encontrados nessa idade, respectivamente, 69.928 e 78.527 crianças que trabalham.
O trabalho infantil é proibido no Brasil para menores de 14 anos, de acorco com o Estatuto da Criança e Adolescente. Para que tem 14 ou 15 anos, é permitida apenas na condição de aprendiz. Entre 16 e 17 anos, o trabalho é liberado, desde que não comprometa a ativiade escolar e que não ocorra em condições insalubres e com jornada noturna.
Infelizmente o Brasil segue descendo a ladeira na área social e comprometendo seu futuro. A crise política, a recessão econômica a redução dos programas sociais já bate à porta dos mais pobres desamparando crianças e forçando-as abandonar a infância, a escola e a trabalhar mais cedo. E o pior é que o governo Temer quer aumentar o tempo para aposentadoria e reduzir o valor dos benefícios, sem falar que quer fragilizar leis trabalhistas para aumentar a jornada de trabalho e reduzir os salários.
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