"Eu estava tirando fotografias desde a manhã de sábado, de jogos das Olimpíadas das Escolas Particulares com crianças, de manifestantes do Fora Temer, da apreensão de maconha em casa de pedagoga; de pessoas presas acusadas de fraude no concurso da Polícia Militar; e fotografias de motociclistas arrogantes sem capacetes no Dirceu na frente de policiais da Ciptran.
Aí durante a tarde, um policial civil, pesado e forte, me bate violentamente, várias vezes na cabeça, tenta me enforcar com a correia da máquina fotográfica, apaga todas as minhas fotografias feitas durante dois dias sob o sol quente, causando dores de cabeça, toma a minha máquina fotográfica, leva para dentro do Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado), se apropria do microchip com as imagens e joga o adaptador, todo quebrado na calçada, me humilhando. Perdi todas sa imagens produzidas em 2 dias de intenso trabalho.
O policial civil colocou a minha máquina fotográfica em cima de um carro que estava sujo de fezes de gato e quando fui pegar o equipamento fiquei todo sujo e com mau cheiro.
Para a pessoa trabalhar com reportagem no Piauí é preciso ser tão humilhado?
Eu chorei muito na frente do Greco e todas as vezes que eu recordo da manheira como fui agredido e humilhado, como agora, continuo chorando.
Eu só tenho as minhas lágrimas para me defender, mas vou continuar documentando a ação do crime organizado no Piauí, com as lágrimas me consolando.
Não preciso mais do que isso e as lágrimas eles não podem secar".
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Efrém Ribeiro é jornalista - nas redes sociais
Efrém Ribeiro
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