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Redação

acessepiaui@hotmail.com

29/05/2017 - 10h26

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Redação

acessepiaui@hotmail.com

29/05/2017 - 10h26

Congresso Nacional na contramão das eleições diretas para presidente

Só com muita pressão do povo nas ruas as eleições diretas já serão viabilizadas em 2017

 

Segundo pesquisa publicada nesse domingo, 28/05, pelo jornal Folha de S. Paulo, “a maioria dos deputados e senadores querem manter a exclusividade de escolher quem comandará o país até dezembro de 2018″, ou seja, querem escolher indiretamente o presidente que vai suceder Temer. 

 

Conforme o levantamento foram ouvidos dez líderes dos maiores partidos que, juntos, representam 72 senadores e 397 deputados. Com exceção da esquerda, todos declararam posicionamento contrário às Diretas Já. No Senado, esse número representa 89% dos senadores. Já na Câmara, 77% dos parlamentares. 

 

Para que a Constituição seja modificada é preciso que pelo menos 60% concorde com a mudança. Conforme o jornal, das 10 maiores siglas no Congresso, 7 se declararam abertamente contra esse modelo.

 

Os políticos consultados representam os maiores partidos do Congresso. Os últimos movimentos, como o que ocorreu nesse domingo com diversos artistas no Rio de Janeiro, querem a aprovação PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que determine eleições diretas.

 

Caso Temer deixe o Poder, pelas regras atuais, a escolha do sucessor será realizada pelos 594 parlamentares em eleição indireta. A escolha ocorreria 30 dias após a vacância do posto. Já no caso de eleições diretas, a PEC teria que ser aprovada por meio da tramitação legal no Congresso e, após sua aprovação, seria necessário um tempo extra para organização das eleições, conforme informa a reportagem.

 

Não é nenhuma novidade essa postura da maioria dos atuais congressistas. Tanto a Câmara dos Deputados, quanto o Senado Federal, possui atualmente uma maioria de parlamentares eleita com base na compra de votos, que foi bancada por empresários que trocaram favorecimentos em licitações públicas por propinas.

 

Portanto, um Congresso que derrubou uma presidente eleita diretamente pelo povo, via golpe parlamentar, que apoia reformas que retiram direitos apenas dos trabalhadores e sustenta Temer no poder, não se pode esperar absolutamente nada, mesmo porque essa maioria conservadora não vão deixar escapar fácil o controle do Estado. 

 

Logo, é previsível que essa maioria seja contra eleições diretas e a favor que o atual Congresso escolha - após a queda de Temer - o próximo presidente pela via indireta.  

 

Está claro e evidente: só com muita pressão do povo nas ruas as eleições diretas já serão viabilizadas em 2017. Do contrário o presidente que sucessederá o corrupto Temer será eleito indiretamente por essa maioria conservadora e, até mesmo, não nos espantemos que o eleito ganhe de presente pelo atual Congresso um mandato até 2020.  

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