Você precisa de alguém que te dê segurança, senão você dança... Aí a menina se encanta com um jovem militar, estudante de direito, bonito, com um futuro exponencialmente promissor. E ela, como qualquer um de nós, não tem como saber o que acontece nos meandros da mente daquele rapaz ou de qualquer outra pessoa. Não tem como prever suas reações, desconhece suas idiossincrasias. Mas, a priori, tem motivos pra se sentir segura. Ora, se não conseguimos prever sequer como nós mesmos vamos reagir a algumas situações, como saber o que o outro fará? O namorado teve um acesso de raiva, tinha uma arma, sabia usá-la e o fez. Matou. Depois rodou pela cidade com um corpo inerte, ao seu lado, e foi pra casa. Quem poderia crer? Então por favor, não crie fantasias sobre uma possível culpa da garota. Ela foi uma vítima. Foi um assassinato covarde, sem direito a defesa. Ponto. Que a Justiça se faça. Quisera eu acreditar que foi o último. Se quem é "gente de bem" e deveria proteger, mata... Se o bandido mau, mata... Então, amigos, temos muitas coisas a resolver.
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Américo Abreu é jornalista e professor universitário.
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