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VC no Acesse

acessepiaui@hotmail.com

30/08/2017 - 07h54

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VC no Acesse

acessepiaui@hotmail.com

30/08/2017 - 07h54

Sinto cheio de “mimimi” no atual sistema educacional

Nos tempos atuais, a maioria das escolas públicas virou bagunça e a qualidade da educação é um desastre que se avoluma. Cada vez mais cheio de “mimimi”, o sistema educacional, amparado por conselhos e órgãos afins, tirou a ordem e o rigor das escolas para dar lugar a um espaço sem regras, sem cidadania e sem imposição de normas. Sim, imposição!

 

Tive a honra de estudar nas escolas do Padre Lira, tanto nas da Fundação Ruralista quanto nas públicas municipais que ele conduzia com o mesmo rigor em Dom Inocêncio. Lá, aluno lavava os banheiros, limpava o prédio escolar, catava os espinhos das algarobas, varria o salão de eventos, fazia fila, rezava para entrar na sala, cantava o hino da Fundação, de Dom Inocêncio, do Piauí, do Brasil, da Independência e participava de eventos tradicionais da escola.

 

Aluno que esquecia de fazer a tarefa era mandado de volta para casa após uma bronca de fazer tremer as pernas [alguns vinham de jumento de uma distância de 10 km de casa para a escola] e só podia retornar quando os pais comparecessem para levar outra bronca maior ainda.

 

Nesse modelo, as escolas capitaneadas pelo Padre Lira se transformaram num dos mais notórios sistemas de educação do Piauí e, quiçá do Brasil, nos anos 70, 80, 90 e um pouquinho do início dos anos 2000, nesse último já sem a fama de outrora. Modelo que ganhou destaque em reportagens nacionais e foi visto por estudiosos do MEC e outras figuras de destaque na educação, como o professor Marcílio Rangel (do Instituto Dom Barreto), que algumas vezes esteve por lá vendo as práticas ali desenvolvidas.

 

Mas hoje, no sistema educacional “moderno e evoluído”, aluno não pode carregar um balde de água. Eles também não fazem sequer uma fila para entrar na sala e a ordem e o rigor estão cada vez mais distantes. A maioria só encara uma fila na vida se for para um show do Justin Bieber. E assim vamos caminhando, formando “cidadãos” cada vez mais inúteis em nossa sociedade a cada dia mais combalida. É o Brasil de hoje!

 

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Gustavo Almeida é jornalista - nas redes sociais.

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