Ouvi tanto discurso hoje tratando a performance do homem nu no MAM como imoral, pornográfica, pedófila e atentatória à família e aos costumes cristãos. Lembrei-me da minha experiência em uma praia de nudismo na Paraíba. Eu, minha esposa e um casal amigo adentramos desconfiados, mas, em pouco tempo, diante da naturalidade como famílias com crianças curtiam a praia, estávamos nós a sorrir de nossa nudez. Caminhamos juntos, mergulhamos no mar (peguei uma onda malvada nos testículos) e fomos para o bar. Servidos fomos por um garçom nu. E sorrimos muito daquela experiência. Voltamos para João Pessoa tranquilos, leves e com a alma nua e lavada. Ficar nu diante de conhecidos e desconhecidos é simplesmente ficar nu, perder a vergonha, aceitar-se e aceitar. Libertinagem, pedofilia, depravação são outras coisas. Se eu pudesse, nesse país tropical, só andaria nu. Não gosto de me vestir. Como diz meu amigo Iran Moraes, agora cortem os pulsos os que ficaram horrorizados.
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