Nasci um ano depois da morte do fotógrafo, enfermeiro, médico e revolucionário Che Guevara.
Minha mãe esteve no mausoléu de Che, em Santa Clara, Cuba. O que sabia dele - o ouviu falar - era apenas que se tratava de um assassino comunista, o inimigo da família, coisas do tipo.
Ao percorrer o museu de Che, foi apresentada ao outro lado da história. Um filho de classe média argentina, que um dia saiu de motocicleta para conhecer a América Latina e voltou arrasado com tanta miséria vista com os próprios olhos.
Che ainda resistiu à mudança. Primeiro se formou, tornou-se médico, pretendia ajudar os desvalidos com seus conhecimentos na área de saúde. Ele era asmático, tinha crises violentas, mas não esmorecia.
Antes de se juntar aos revolucionários de Sierra Maestra, de pegar em armas, Che foi contratado por uma revista para fazer a cobertura fotográfica do Pan Americano do México de 1955. Adorava fotografia. Levou suas máquinas para a revolução. Era vaidoso, também gostava de ser "capturado" pelo clique.
Mamãe reconsiderou a chateação com o Che, orou por ele. Ela compreendeu que pouquíssimos se revolucionam.
À memória de Che Guevara nesse dia 9 de outubro de 2017.
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