Quem enche balão de alguém tem chance maior de brincar, soltar, decorar ou expocá-lo. Só não pode esperar muito tempo por que se não ele mucha, explode ou vai embora. Na verdade, balão tem vida efêmera, mais também pode voar ou ser levado pelo vento.
O balão do prefeito Firmino Filho tem hoje a função de decoração de vitrine para o senador Ciro Nogueira (PP). O prefeito em troca de verbas e de apoio financeiro para a PMT e poder chegar a mais municípios piauienses fez com que até a sua esposa e o ex-prefeito Sílvio Mendes, abandonassem o ninho tucano e pousassem no PP. Com isto, o senador tem hoje um grande poder de decisão sobre os destinos políticos do prefeito.
Firmino sorri e até avalia que é chegada a sua vez de emplacar o seu ou um outro nome para chapa majoritária do governador Wellington Dias (PT) ou então, até quem sabe, se aventurar lancando-se numa chapa de oposição.
Por sua vez, o senador, tal como uma colheitadeira vai papando tudo pela frente, prefeitos e vereadores do PSDB, PSB, PMDB, PSD e cia. Afinal, o vínculo carne e unha com Temer, vai dando liberdade para carrear recursos conforme suas conveniências políticas.
O governador Wellinton Dias, aliado da eleição de Ciro Nogueira senador desde 2010, esticou esse acordo em 2014 na eleição do seu terceiro mandato e agora vai renovando esse recíproco pacto de aliança para 2018. O senador, a exemplo do que faziam Lula e Dilma para ele, agora vem retribuindo e assegurando recursos do governo Temer para a gestão Wellington Dias, enquanto este vem convencendo companheiros petistas a apoiarem a reeleição do senador.
É fato que o prefeito Firmino, como diz o ditado popular, hoje come na mão do senador. Basta ilustrar que o jovem professor Washington Bonfim também foi seduzido a assinar a ficha do PP. Com isso seu sonho e a chance de algum dia ser candidato tucano à Prefeitura de Teresina, indicado por Firmino, desapareceu do horizonte e ele pulou fora.
Firmino tá numa sinuca de bico! Vai repetir a lógica de 2002, quando indicou o vice na chapa de Hugo Napoleão (PFL)? Vai ser ele mesmo o vice na chapa do governador e deixar a PMT nas mãos do PMDB? Vai sair candidato a governador pelo PP? Será que Ciro Nogueira aceitará Firmino como vice de Wellington?
Não está fácil projetar o desfecho da conjuntura política para 2018! O resultado das eleições, mesmo tendo uma boa margem de previsibilidade, será uma incógnita que tenderá para a renovação, afinal, depois de muita lama jogada no ventilador nos últimos três anos, o fazer político vem passando por transformações importantes. O povo tá mais atento e esperto, tem agora as redes sociais, não controladas pela mídia tradicional, que vem servindo como suportes de informações plurais e diversificadas e, principalmente, das memórias da vida pregueça dos políticos.
Com certeza muitos balões, principalmente aqueles com prazos de validades vencidos, serão espocados pelo povo nas eleições de 2018. Agora, para isso o povo precisará de novas alternativas na arena política, de lideranças mais autênticas e que não estejam muito enlameadas. Não tendo novas alternativas, prevelecerá a previsibilidade de sempre no resultado das eleições do Piauí no próximo ano.
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Cantídio Filho é jornalista e professor da Ufpi.
O balão do prefeito Firmino Filho tem hoje a função de decoração de vitrine para o senador Ciro Nogueira (PP). O prefeito em troca de verbas e de apoio financeiro para a PMT e poder chegar a mais municípios piauienses fez com que até a sua esposa e o ex-prefeito Sílvio Mendes, abandonassem o ninho tucano e pousassem no PP. Com isto, o senador tem hoje um grande poder de decisão sobre os destinos políticos do prefeito.
Firmino sorri e até avalia que é chegada a sua vez de emplacar o seu ou um outro nome para chapa majoritária do governador Wellington Dias (PT) ou então, até quem sabe, se aventurar lancando-se numa chapa de oposição.
Por sua vez, o senador, tal como uma colheitadeira vai papando tudo pela frente, prefeitos e vereadores do PSDB, PSB, PMDB, PSD e cia. Afinal, o vínculo carne e unha com Temer, vai dando liberdade para carrear recursos conforme suas conveniências políticas.
O governador Wellinton Dias, aliado da eleição de Ciro Nogueira senador desde 2010, esticou esse acordo em 2014 na eleição do seu terceiro mandato e agora vai renovando esse recíproco pacto de aliança para 2018. O senador, a exemplo do que faziam Lula e Dilma para ele, agora vem retribuindo e assegurando recursos do governo Temer para a gestão Wellington Dias, enquanto este vem convencendo companheiros petistas a apoiarem a reeleição do senador.
É fato que o prefeito Firmino, como diz o ditado popular, hoje come na mão do senador. Basta ilustrar que o jovem professor Washington Bonfim também foi seduzido a assinar a ficha do PP. Com isso seu sonho e a chance de algum dia ser candidato tucano à Prefeitura de Teresina, indicado por Firmino, desapareceu do horizonte e ele pulou fora.
Firmino tá numa sinuca de bico! Vai repetir a lógica de 2002, quando indicou o vice na chapa de Hugo Napoleão (PFL)? Vai ser ele mesmo o vice na chapa do governador e deixar a PMT nas mãos do PMDB? Vai sair candidato a governador pelo PP? Será que Ciro Nogueira aceitará Firmino como vice de Wellington?
Não está fácil projetar o desfecho da conjuntura política para 2018! O resultado das eleições, mesmo tendo uma boa margem de previsibilidade, será uma incógnita que tenderá para a renovação, afinal, depois de muita lama jogada no ventilador nos últimos três anos, o fazer político vem passando por transformações importantes. O povo tá mais atento e esperto, tem agora as redes sociais, não controladas pela mídia tradicional, que vem servindo como suportes de informações plurais e diversificadas e, principalmente, das memórias da vida pregueça dos políticos.
Com certeza muitos balões, principalmente aqueles com prazos de validades vencidos, serão espocados pelo povo nas eleições de 2018. Agora, para isso o povo precisará de novas alternativas na arena política, de lideranças mais autênticas e que não estejam muito enlameadas. Não tendo novas alternativas, prevelecerá a previsibilidade de sempre no resultado das eleições do Piauí no próximo ano.
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Cantídio Filho é jornalista e professor da Ufpi.
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