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Sexta-feira, 01 de novembro de 2024
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Redação

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acessepiaui@hotmail.com

04/01/2018 - 16h09

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Redação

acessepiaui@hotmail.com

04/01/2018 - 16h09

Não me envergonha ser mãe de héteros e um homossexual

Aconselho as pessoas que não se oportunizaram ainda a conhecer melhor seus filh@s, que se permitam ama-l@s e aprendam a ser felizes com el@s sem intransigências.

 

Hoje, eu recebi de um amigo muito especial, um desabafo de um amigo nosso em comum, onde este retrata sua amargura e insatisfação, ouso dizer até, decepção com a instituição "família". O que na verdade me angustia ser testemunha, uma vez que para mim seu significado é completamente outro. Mas, foge a muitos pais e mães a significância de suas atuações diante de seus filhos e filhas quando no abuso confuso de suas atribuições, julgam-se senhor@s de destinos e carcereiros de características que são próprias de todo e qualquer ser humano.

Falo de homofobia dentro de casa.

O que é ser pai é mãe, cristão que ama equivocadamente?

É colocar-se acima do bem e do mal, é nunca se permitir a auto crítica e tornar sua sala de visitas, o espinheiro da coroa de espinhos, colocando esta com toda dureza sobre a vida de inocentes?

Digo com muita propriedade, amar é entender, compreender, ser companheir@, amar é disciplinar sem escravizar. É dar asas a imaginação, é permitir a vida fora do útero embaçado pelo preconceito.

Quem somos nós para aplicar julgamentos as diferenças?

Nosso Senhor Jesus Cristo não repreendeu, não puniu ou sequer julgou a ninguém. Muito pelo contrário, agregou amou e pregou o amor com toda verdade e simplicidade que lhe cabia, numa combinação extraordinária de ternura e compaixão.

Já imaginou o quão difícil é, não ser aceito e ter que interpretar um papel que não escolheu no palco ilimitado da vida para não ferir o princípio de alguém que tem como princípio "a homofobia e tantos outros preconceitos"?

Declaro ao mundo a preciosa missão que Deus me deu e de ser mãe de dois filhos héteros adorados mas também de um homossexual que não me envergonha, mas me dar o prazer de ser feliz ao seu lado. Te aaaaamo Pedro Augusto, meu filho,carne da minha carne, sangue do sangue, coração do meu coração. Te amo muito João Victor, meu genro, namorado do meu filho, meu filho não parido mas amado e querido.

Aconselho as pessoas que não se oportunizaram ainda a conhecer melhor seus filh@s, que se permitam ama-l@s e aprendam a ser felizes com el@s sem intransigencias. O amor não tem rótulos nem logo marcas, a ignorância aprisiona os corações e distorce lares. Amem com a única verdade, a diferença faz parte da universalidade, somos um todo, mas sejamos tod@s por um.

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Silmara Castro é cantora e produtora cultural - nas redes sociais. 

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