"Oito anos e meio de espera, sofrendo em silêncio, terminaram hoje para mim. Pouca gente sabe da minha história... desde os três anos de idade minha filha [Natáliah] passou a morar com os avós, após a morte da mãe dela por câncer. A dor de separar-se de uma filha de 3 anos é comparável ao de perder alguém querido... tive que arrancar forças nem sei de onde para suportar. Foram anos tendo que acompanhar o crescimento dela à distância, esperando que amadurecesse e pudesse conversar por telefone sem depender dos avós, sem precisar me deslocar até a residência deles para ouvir a sua voz, sempre muito tímida e calada [quem a conheceu durante esse tempo sabe que ela era praticamente muda, falava muito pouco]... era constragedor ter que ficar ligando para ter notícias da minha própria filha, incomodando por necessidade de pai... hoje pela primeira vez desde que nasceu a Nat me telefonou pedindo que eu a levasse ao cinema... para muitos seria algo simples, mas para mim foi como ter de volta algo que perdi lá atrás... uma angústia que terminou, um laço quebrado que voltou a juntar as pontas... agora tenho a sensação de que estamos vencendo esta batalha juntos... hoje pela primeira vez ela me chamou de papai, aos 11 anos e meio de idade... e tinha que ser por telefone... Obrigado, minha filha!!!"
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Luciano Dias é jornalista - nas redes sociais
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