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acessepiaui@hotmail.com

19/03/2018 - 08h03

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Marielle e os "ricos" podem ser também esquerdistas

Pobreza não é requisito obrigatório para alguém filiar-se num partido desse campo ideológico, ou ser, simpatizante ou eleitor.

 

A vereadora Marielle Franco, assassinada brutalmente, quarta-feira (14), teve a maioria de seus votos (mais de 46 mil), proveniente dos bairros Cosme Velho, Laranjeiras, Gávea, Leblon- onde residem pessoas de classe média-alta, na cidade do Rio de Janeiro. Tinha discurso francamente "progressista". Era filiada ao PSOL- agremiação política de extrema-esquerda. Como se ver, os "ricos" podem ser também esquerdistas. Pobreza não é requisito obrigatório para alguém filiar-se num partido desse campo ideológico, ou ser, simpatizante ou eleitor. Os moradores da aristocrática Zona Sul do Rio, tem uma vida muito menos sofrida do que os das favelas, como a da Maré, onde Marielle Franco se criou. Todos nós devemos ter responsabilidades pelos os desafortunados da sorte. Principalmente, os que vieram do "andar de baixo". Não é, porque, alguém possa, hoje, entrar num bom restaurante, e se incomode, com o outro, que também veio de baixo, em confraternização numa mesa ao lado. Brizola, veio de família pobre. Órfão de pai, bem cedo. Teve enormes dificuldades para estudar e manter-se. Ao casar-se com uma mulher rica, Neusa Goulart, não mudou o seu discurso. Nem a prática - de está sempre ao lado dos menos favorecidos. Pagou caro por isso.

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Flávio Nogueira - médico e presidente estadual do PDT-PI.

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