Os assassinatos resultantes de conflitos no campo em 2017 bateram recorde e atingiram o maior número desde 2003, com 70 mortes. Um aumento de 15% em relação ao que foi registrado em 2016. Quatro dessas mortes foram consequência de massacres nos estados da Bahia, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Os dados foram divulgados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) nesta segunda-feira (16).
O número pode ser ainda maior caso se confirme a suspeita do massacre de índios isolados por garimpeiros no Vale do Javari (AM), perto da fronteira com o Peru. Denúncias dão conta de que mais de dez vítimas decorreram do confronto. No entanto, diante da falta de consenso entre o Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai), a CPT não inseriu os casos no relatório divulgado.
O estado do Pará lidera o ranking de 2017 com 21 pessoas assassinadas, sendo dez no Massacre de Pau D’Arco, seguido pelo estado de Rondônia, com 17, e pela Bahia, com dez assassinatos. Dos 70 assassinatos em 2017, 28 foram fruto de massacres, o que corresponde a 40% do total.
A CPT lançou uma página especial na internet sobre os massacres no campo registrados entre 1985 a 2017. Nesse período foram 46 confrontos com 220 vítimas. O estado do Pará também lidera esse ranking, com 26 massacres ao longo desses 32 anos, em ocorrências que vitimaram 125 pessoas.
Os assassinatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra, de indígenas, quilombolas, posseiros, pescadores, assentados, entre outros, tiveram um crescimento brusco a partir de 2015.
Impunidade
Desde que a CPT começou a fazer os registros, em 1985, foram 1.438 casos de conflitos no campo em que ocorreram assassinatos, com 1.904 vítimas. Desse total de casos, apenas 113 foram julgados, o que corresponde a 8% dos casos. Apenas 31 mandantes dos assassinatos e 94 executores foram condenados.
Nesses 32 anos, a região Norte contabiliza 658 casos com 970 vítimas. O Pará é o estado que lidera na região e no resto do país, com 466 casos e 702 vítimas. Maranhão vem em segundo lugar com 168 vítimas em 157 casos. E o estado de Rondônia em terceiro, com 147 pessoas assassinadas em 102 casos.
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Com informações do Congressoemfoco
O número pode ser ainda maior caso se confirme a suspeita do massacre de índios isolados por garimpeiros no Vale do Javari (AM), perto da fronteira com o Peru. Denúncias dão conta de que mais de dez vítimas decorreram do confronto. No entanto, diante da falta de consenso entre o Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai), a CPT não inseriu os casos no relatório divulgado.
O estado do Pará lidera o ranking de 2017 com 21 pessoas assassinadas, sendo dez no Massacre de Pau D’Arco, seguido pelo estado de Rondônia, com 17, e pela Bahia, com dez assassinatos. Dos 70 assassinatos em 2017, 28 foram fruto de massacres, o que corresponde a 40% do total.
A CPT lançou uma página especial na internet sobre os massacres no campo registrados entre 1985 a 2017. Nesse período foram 46 confrontos com 220 vítimas. O estado do Pará também lidera esse ranking, com 26 massacres ao longo desses 32 anos, em ocorrências que vitimaram 125 pessoas.
Os assassinatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra, de indígenas, quilombolas, posseiros, pescadores, assentados, entre outros, tiveram um crescimento brusco a partir de 2015.
Impunidade
Desde que a CPT começou a fazer os registros, em 1985, foram 1.438 casos de conflitos no campo em que ocorreram assassinatos, com 1.904 vítimas. Desse total de casos, apenas 113 foram julgados, o que corresponde a 8% dos casos. Apenas 31 mandantes dos assassinatos e 94 executores foram condenados.
Nesses 32 anos, a região Norte contabiliza 658 casos com 970 vítimas. O Pará é o estado que lidera na região e no resto do país, com 466 casos e 702 vítimas. Maranhão vem em segundo lugar com 168 vítimas em 157 casos. E o estado de Rondônia em terceiro, com 147 pessoas assassinadas em 102 casos.
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Com informações do Congressoemfoco
Rádio Web Agroecologia
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