Conheci Herculano Moraes em meados da década de 1960. À época, já estava metido com política estudantil, literatura e futebol. Era um "peladeiro" habilidoso. Muito cedo, tornou-se jornalista e poeta. Mais tarde meteu-se na política. Ao longo da vida, especializou-se na arte de construir amizades. Extremamente cordial e conciliador, tinha sempre uma palavra de estímulo para incentivar os mais jovens. Depois que entrar para a APL, passou a fundar academias pelos sertões do Piauí. Saiu de cena hoje (17/05),deixando um punhado de livros publicados e uma legião de amigos que sentirão falta da sua afabilidade. Paulo Nunes e eu só chamávamos de velho índio mexicano. Ele sorria e retribuía o carinho me chamando de "cachorrão". Sem a presença de Herculano, a cidade ficou mais pobre e muito mais triste.

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Cineas Santos é professor, escritor, poeta e produtor cultural - nas redes sociais.