Diz o editorial do Estadão, de hoje: "É certo que o “novo”, não é, necessariamente, sinônimo de “bom” na política. Pode ser, ao contrário, um retrocesso. O País deve, portanto, resistir ao discurso segundo o qual basta expulsar do poder todos os que identificam com a “velha” política para que os problemas se resolvam. Contudo, há sim, uma velhíssima política que, esta sim, precisa ser eliminada urgentemente. Trata-se dos que exploram a política como instrumento para a satisfação de seus interesses privados. Não se importam em promover o atraso, se isso felicitar a manutenção do status quo”. Giusepe Tomasi de Lampedusa, no século XIX, foi mais conciso que o Estadão: “Tudo deve mudar para que tudo fique como está”. Ou seja: nem tudo que se apresenta como novo, não passa, pela história, costumes e modus operandi, de um velho. Mesmo, sendo, às vezes, cronologicamente jovem.

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Flávio Nogueira é médico e presidente do PDT-PI.