Não há um só Boletim de Ocorrência (B.O) registrado em delegacia de polícia de Teresina-PI. Ou vivemos o retorno da lenda urbana do "carro preto usado para roubar crianças", ou as supostas vítimas não têm qualquer confiança na polícia.
Chama a atenção que as denúncias de supostas vítimas teriam chegado a uma Ong, cujo representante deu longa entrevista ao vivo a uma TV local. Mas por que não chegam às autoridades policiais?
Na verdade, os que espalham boatos pelo WhatsApp "requentam" um vídeo de anos atrás, para dar mais veracidade aos "novos sequestros", como alertou a jornalista Izabella P. Torres.
Na pele de pai e cidadão, que recebeu diversas mensagens de WhatsApp aterrorizantes nos últimos dias, gostaria que tudo isso não passasse de lenda urbana. Mas isso levaria a uma outra questão. O tema da real sensação de falta de "segurança pública" seria abordado juntamente com a "fragilidade" do jornalismo (incluindo aí o aspecto do sensacionalismo).
Enquanto jornalista, sinto-me preocupado sobre como a imprensa se comporta em momentos assim. Está havendo apuração cuidadosa para divulgar entrevistas sobre o tema, cuja fonte está baseada apenas em rumores?
No mínimo, a proliferação de lendas urbanas em momentos de crise econômica e social renderiam uma bela pauta jornalística. Nesta possivel pauta, poderiam ser abordados aspectos psicológicos, antropológicos e sociológicos e como as novas mídias e a própria imprensa são utilizadas na propagação de fake news.
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Daniel Solon - jornalista é professor da UESPI.
Chama a atenção que as denúncias de supostas vítimas teriam chegado a uma Ong, cujo representante deu longa entrevista ao vivo a uma TV local. Mas por que não chegam às autoridades policiais?
Na verdade, os que espalham boatos pelo WhatsApp "requentam" um vídeo de anos atrás, para dar mais veracidade aos "novos sequestros", como alertou a jornalista Izabella P. Torres.
Na pele de pai e cidadão, que recebeu diversas mensagens de WhatsApp aterrorizantes nos últimos dias, gostaria que tudo isso não passasse de lenda urbana. Mas isso levaria a uma outra questão. O tema da real sensação de falta de "segurança pública" seria abordado juntamente com a "fragilidade" do jornalismo (incluindo aí o aspecto do sensacionalismo).
Enquanto jornalista, sinto-me preocupado sobre como a imprensa se comporta em momentos assim. Está havendo apuração cuidadosa para divulgar entrevistas sobre o tema, cuja fonte está baseada apenas em rumores?
No mínimo, a proliferação de lendas urbanas em momentos de crise econômica e social renderiam uma bela pauta jornalística. Nesta possivel pauta, poderiam ser abordados aspectos psicológicos, antropológicos e sociológicos e como as novas mídias e a própria imprensa são utilizadas na propagação de fake news.
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Daniel Solon - jornalista é professor da UESPI.
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