Há exatos 65 anos (13/11/53), nascia, em Cana Brava das Moças - Caxias (MA), José Salgado dos Santos, o garoto que amava as cantorias. Os mais velhos sentenciavam: " Poesia não dá camisa a ninguém". A poesia, efetivamente, nunca lhe deu camisas; deu-lhe asas. Enquanto estou redigindo esta nota, Salgado Maranhão está nalguma universidade americana vazando poesia por todos os poros. Com a palavra o aniversariante:
DESAMANHECER
Agora,
na cidade da tua ausência
outro dia
desamanhece. E súplice
um grito escorre na paisagem.
Todos os lugares
são feitos do teu antes.
Da janela,
a noite chega
com as mãos vazias. E
tudo ao fim se esvai
em volta
como um tecido de ventos.
Só meu coração insiste
em erigir teu nome...
para além do esquecimento.
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Cineas Santos é professor, poeta, escritor e produtor cultural - nas redes sociais.
DESAMANHECER
Agora,
na cidade da tua ausência
outro dia
desamanhece. E súplice
um grito escorre na paisagem.
Todos os lugares
são feitos do teu antes.
Da janela,
a noite chega
com as mãos vazias. E
tudo ao fim se esvai
em volta
como um tecido de ventos.
Só meu coração insiste
em erigir teu nome...
para além do esquecimento.
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Cineas Santos é professor, poeta, escritor e produtor cultural - nas redes sociais.
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