Facebook
  RSS
  Whatsapp
Sexta-feira, 01 de novembro de 2024
Colunas /

VC no Acesse

VC no Acesse

acessepiaui@hotmail.com

03/12/2018 - 11h10

Compartilhe

VC no Acesse

acessepiaui@hotmail.com

03/12/2018 - 11h10

O jogo de cartas na mão de Figueiredo para Tancredo Neves

Tancredo retruca: “Ninguém joga só embaralhando. Tem que dar carta para alguém, e o Figueiredo não está dando carta alguma. Está com todas na mão”.

Governador Tancredo Neves e o presidente João Batista Figueiredo

 Governador Tancredo Neves e o presidente João Batista Figueiredo

O presidente, general João Figueiredo (1979-1985), atordoado, não sabia como conduzir sua própria sua sucessão. A ameaça de vitoria de Paulo Maluf, no Colégio Eleitoral, o apavorava. Dizia, que seria um desastre para o Brasil, caso vencesse. Nos bastidores, encorajava, Mario Andrezza, a enfrentar Maluf, na Convenção do PDS-onde sairia o candidato do governo. Por outra lado, conspirava com César Cals, a prorrogação de seu mandato.

Tancredo Neves, já havia renunciado ao Governo de Minas, e entrou na disputa, pelo PMBD. (Vencer o candidato do PDS, no Colégio Eleitoral, era coisa inimaginável). Figueiredo manda um emissário a Tancredo. Queria o apoio do mineiro à sua proposta de prorrogação. Com o compromisso de realizar eleições diretas, ao término do mandato. O ex-governador, depois de ouvir, com atenção o seu interlocutor- como de costume-, envia um recado ao Presidente: “Ninguém joga só embaralhando. Tem que dar carta para alguém, e o Figueiredo não está dando carta alguma. Está com todas na mão”. Habilidoso, dando as cartas, Tancredo, elege-se, presidente da República- contra Paulo Maluf- no Colégio Eleitoral, de 15 de janeiro de 1985. Infelizmente, veio a falecer bem próximo da posse.

--------------------
Flávio Nogueira é médico e deputado federal eleito pelo (PDT-PI). 

Comentários