Nos dias de hoje, num jornalismo de tantos atos aéticos e pobres como o que vivenciamos no Brasil, perder Ricardo Boechat, profissional argentino (de coração brasileiro), cujo exercício e prática cotidiana foram sempre regidos por consciência social, política, econômica e global em relação à contemporaneidade, significa perder uma estrela de nossa profissão, no sentido de luz e serenidade, e, sobretudo, de brilho definido por sua magnitude como jornalista e ser humano, o que é possível de se mensurar por sua postura e posicionamentos. Em compensação, o céu ganhou uma luz a mais e, quiçá, um escrevedor, um escrevinhador, um escriba, um sonhador!

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Maria das Graças Targino - Doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília e jornalista.