Na tarde de quinta-feira, 14/2, deparamos com mais uma cena cotidiana de intolerância racial. A morte do jovem Pedro Henrique Gonzaga, de 19 anos, pelo segurança do hipermercado Extra da Barra da Tijuca – RJ, ocorreu após receber um golpe de gravata no pescoço e sofrer uma parada cardiorrespiratória. O segurança, Davi Ricardo, alegou legítima defesa, pois percebeu que Pedro Gonzaga teria o objetivo de furtar e insinuou a pegar a arma desse segurança.
No entanto, o vídeo da câmera de segurança do supermercado em momento algum sinaliza para essa situação, portanto não houve tentativa do jovem Pedro Gonzaga de tentar pegar a arma do segurança . Agora é nítido a vítima imobilizada e o áudio de outras pessoas pedindo e alertando que ele estava ficando roxo, mas esses presentes à barbárie assistiram sem tomarem atitude!
Infelizmente, a situação em questão é que aparentemente todas as vidas importam, no entanto nem todas contam de verdade. No caso do Pedro Gonzaga, o segurança visualizou o negro na perspectiva de ameaça, e como há uma letargia na sociedade brasileira para aceitar algumas mortes e os negros estão nesse triste currículo o segurança ficou a vontade para praticar o crime.
O nosso racismo é tão genocida e convincente, que até negros apresentam-se como capitães do mato a fim de contribuir com a higienização social tão imaginada por considerável parte do povo brasileiro. Em tempo, o segurança do Extra já está solto. Pagou a sua fiança, pois foi entendido, por outros comparsas racistas, que o homicídio foi culposo, ou seja, não teve a intenção de matar. É o racismo à brasileira!
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Stânio Vieira é piauiense e professor do IFTO - Instituto Federal do Tocantins - nas redes sociais.
No entanto, o vídeo da câmera de segurança do supermercado em momento algum sinaliza para essa situação, portanto não houve tentativa do jovem Pedro Gonzaga de tentar pegar a arma do segurança . Agora é nítido a vítima imobilizada e o áudio de outras pessoas pedindo e alertando que ele estava ficando roxo, mas esses presentes à barbárie assistiram sem tomarem atitude!
Infelizmente, a situação em questão é que aparentemente todas as vidas importam, no entanto nem todas contam de verdade. No caso do Pedro Gonzaga, o segurança visualizou o negro na perspectiva de ameaça, e como há uma letargia na sociedade brasileira para aceitar algumas mortes e os negros estão nesse triste currículo o segurança ficou a vontade para praticar o crime.
O nosso racismo é tão genocida e convincente, que até negros apresentam-se como capitães do mato a fim de contribuir com a higienização social tão imaginada por considerável parte do povo brasileiro. Em tempo, o segurança do Extra já está solto. Pagou a sua fiança, pois foi entendido, por outros comparsas racistas, que o homicídio foi culposo, ou seja, não teve a intenção de matar. É o racismo à brasileira!
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Stânio Vieira é piauiense e professor do IFTO - Instituto Federal do Tocantins - nas redes sociais.
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