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Sexta-feira, 01 de novembro de 2024
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acessepiaui@hotmail.com

20/02/2019 - 18h30

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ENFIM, A DEMOCRATURA!

PATÉTICOS foram os primeiros 45 dias do Governo Jair Bolsonaro!

Bolsonaro posa de chinelo e camisa falsificada no palmeiras com sua equipe de ministros.

 Bolsonaro posa de chinelo e camisa falsificada no palmeiras com sua equipe de ministros.

PATÉTICOS foram os primeiros 45 dias do Governo Jair Bolsonaro!

Que Ele é um IGNORANTE (não demonstra conhecimentos mínimos sobre absolutamente nada!), INCOMPETENTE (28 anos como parlamentar, sem nenhuma produção relevante!) e DESEQUILIBRADO (sem comentários!), todos sabiam.
No entanto, parece surpreender os atos que revelam a ausência do dom da responsabilidade e a falta de compreensão da dimensão do cargo. A começar, pela composição da Equipe!

Até aqui, seu Ministro da Educação (que é estrangeiro) já disse que o brasileiro é ladrão e desonesto, “um canibal”, que, quando viaja, “rouba coisas dos hotéis” e até “assento salva-vidas do avião”; sua Ministra da Família afirmou que o sistema SISU/ENEN é fator de desagregação familiar; seu Ministro do Meio-ambiente confessa (em suposta ironia!) desconhecer a existência histórica de Chico Mendes e compartilha com o Ministro das Relações Exteriores a ideia de que AQUECIMENTO GLOBAL é invenção de COMUNISTA; e seu Ministro da Justiça acaba de confessar que CAIXA-DOIS de Campanha Eleitoral não tem nenhum parentesco com a Corrupção (que se propõe a combatê-la!).

De outro lado, já se sabe que o Partido do Presidente (a exemplo de outros) usou candidaturas da QUOTA LEGAL DE MULHERES como LARANJA para repassar dinheiro público do FUNDO ELEITORAL aos figurões da Legenda.

De igual modo, o filho do Presidente (Senador da República) é suspeito de “passar a mão” em parte dos salários de seus assessores (prática bastante conhecida), quando era Deputado Estadual, usando um suposto motorista (laranja) para intermediar as transferências bancárias, chegando a regar inclusive a Conta da madrasta (agora, Primeira Dama).

Já outro filho, Deputado Federal, dita a política externa brasileira e pousa de Ministro “informal” das Relações exteriores, pregando a submissão do Brasil aos EUA e propagando o confronto diplomático com a China e o Oriente Médio, fazendo estremecer o túmulo do Barão do Rio Branco.

E, por fim, no meio de um verdadeiro coquetel de maluquices, esquesitices e despreparo, o Presidente patrocina, por meio do terceiro filho (vereador) a fritura de um Ministro, culminando com sua exoneração.

Assim se passaram quarenta e cinco dias de Governo de Jair Bolsonaro.

Com a saída do insípido Gustavo Bebianno, consolida-se uma JUNTA MILITAR na Direção do País e uma provável interdição de Jair Bolsonaro. São 04 Generais (Augusto Heleno, Vilas Boas, Santos Cruz e Floriano Peixoto Neto), nos Postos de Comando ligados diretamente à Presidência da República, com acesso direto (sem intermediário) a Jair Bolsonaro. Até mesmo o Porta-voz (Rego Barros), responsável por traduzir para a imprensa os atos rotineiros da presidência, é também General.

Considerando que o Presidente é Capitão e o Vice-presidente, outro General, o único Civil que ainda resta nesse ciclo é o Ministro Onyx Lorenzoni. Ele é agora, certamente, o único (e último) exonerável, uma vez que a caneta de um certo Capitão (atabalhoado e desmoralizado!), dificilmente verterá sua tinta para despedir seus superiores.

Definitivamente, aqueles oficiais formados nos anos setenta e oitenta, para comandar o País que vivia uma Ditatura Militar, e que, posteriormente, se tornaram Generais frustrados e rancorosos com o mal que a Democracia supostamente lhes fizera, assumiram o Poder e agora formam uma Junta Militar com a missão de evitar que o presidente eleito transforme o Governo central numa tragédia.

Resta saber se esses homens serão capazes de conter a fúria e a vaidade de um Comandante nada republicano (porém eleito!), sem romper as regras do estado democrático de direito e garantindo os links necessários com as instituições políticas e com um mínimo de estabilidade econômica e social.

Nossa democracia está à prova e nós estamos e estaremos a perigo!

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José Professor Pacheco é professor e advogado. 

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