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Sexta-feira, 01 de novembro de 2024
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VC no Acesse

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acessepiaui@hotmail.com

21/03/2019 - 08h14

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21/03/2019 - 08h14

“Todas as horas do fim” é um filme vigoroso!

Vemos ali Torquato Neto inteiro em muitos de seus estilhaços, de linguagem, de existência e de resistência.

Torquato Neto, no filme

 Torquato Neto, no filme "Todas as Horas do Fim"

Assisti pela segunda vez, no canal Brasil, ao filme "todas as horas do fim", dos diretores Eduardo Ades e Marcus Fernando, a primeira tinha sido em novembro de 2018. A cinebiografia de Torquato encantou-me mais uma vez. Reproduzo o que escrevi à época da pré-estreia em Teresina:

“Todas as horas do fim” é um filme vigoroso, como o personagem exige. Vemos ali Torquato Neto inteiro em muitos de seus estilhaços, de linguagem, de existência e de resistência. A narrativa não glamouriza, tampouco pieguiza, mantém-se em surpreendente equilíbrio por entre as informações prestadas: o percurso biográfico; as tramas do fazer artístico; os traumas do absurdo político; os raptos e rupturas geracionais; os lances de dados da vanguarda; o sublime do amor; a pulsão de morte; o riso e as peripécias estetizantes do poeta avolumam-se na tela. A técnica documental imprime translucidez, principalmente na recolha dos depoimentos, com efeitos deliberados de um tipo de estética do precário, que se aproxima do super-8, em cuja bitola temos a maioria das imagens do nosso anjo torto. A narração em off resultou em estro poético, principalmente quando ouvimos a voz de Torquato, ele mesmo, o dono da voz, é espantoso e quase sacro. Emocionei-me profundamente com o filme...

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Feliciano Bezerra é Professor Dr. da Uespi - nas redes sociais



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