A Torre de Babel, antes de aparecer na Bíblia, tem uma origem anterior, assim como o Dilúvio, a Mitologia Suméria ,chamada “Enmerkar e o Senhor de Aratta”, na qual os dois deuses rivais, Enki e Enlil acabam por confundir as línguas de toda a humanidade como efeito colateral da sua discussão. Em Gênesis 10, da Bíblia, a Babel era parte do reino de Nimrod.
Mito
A história que vai reaparecer na Bíblia, já com o efeito moral dos textos bíblicos, diz que a humanidade era uniforme nas gerações seguintes ao Grande Dilúvio, falando um único idioma e migrando para o oriente, para a terra de Shinar, onde combinam construir uma cidade e uma torre, alta o suficiente para alcançar o céu. Observando a cidade e a torre, Deus mistura suas vozes para que eles não possam entender uns aos outros e os dispersa por todo o mundo. Vamos usar aqui a Torre de Babel da Bíblia, que tem uma mensagem.
As palavras
A mitológica Torre de Babel é citada aqui para entender o que se passou, nessa terça-feira, 26/03, no Piauí e o que está ocorrendo no Brasil. Isso porque o governador Wellington Dias (PT) soube ouvir as outras vozes que não são as suas, mas dos deputados estaduais de oposição, para conseguir a aprovação, sem traumas e conflitos, pela Assembleia Legislativa (Alepi), da reforma administrativa do Governo do Estado.
Na frente
Wellington Dias é o primeiro governador do Brasil a aprovar a reforma administrativa para adaptar o Estado aos momentos de crucial crise financeira em que o estado vive. Antes, já tinha feito uma reforma na Previdência deixando apenas as lacunas que devem ser preenchidas pela reforma nacional.
Tolerância
Wellington Dias conseguiu aprovar sua reforma pela capacidade de dialogar, de aceitar a voz do outro, enxergar verdades e correção em argumentos dos deputados de partidos que não fazem parte de sua base de apoio na Assembleia Legislativa e dos parlamentares aliados, que tinham uma visão que não era a sua inicialmente. A deputada estadual Lucy Soares, que é do Progressistas, mas enfatiza ser independente, mulher de um líder da oposição, o prefeito Firmino Filho (PSDB), apresentou uma emenda mantendo a Coordenadoria do Idoso, que seria extinta na proposta de Wellington Dias.
Mudança
Por conta da emenda de Lucy Soares, a reforma administrativa do Governo do Estado ,que tinha previsto extinguir 19 órgãos públicos, foi aprovada pela Assembleia Legislativa com a extinção de 18 órgãos. Quem, com razão, iria contradizer o argumento de Lucy Soares de que os idosos devem ter uma Coordenadoria como existem as Coordenadorias da Mulher e da Juventude, principalmente porque as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que as populações brasileira e piauiense estão envelhecendo e a expectativa de vida está aumentando.
Raciocínio
O raciocínio de Lucy Soares era tão correto, que o governador Wellington Dias viu que ela tinha razão. A mudança foi feita, sem grandes perdas. O mesmo aconteceu quando o texto da reforma previa o congelamento de reajustes salariais, enquadramentos e promoções de servidores públicos estaduais, além de proibir novos concursos públicos para que o Governo do Estado não desrespeitassem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita gastos com pessoal à receita corrente líquida.
Consenso
Deputados da situação, como Fanzé Silva (PT), e da oposição, como Gustavo Neiva (PSB) e Tereza Britto (PV), convenceram o governador Wellington Dias e o Governo do Estado de que não fazia sentido a reforma administrativa, tão necessária e urgente, sofrer oposição e ameaça por uma lei com proibições que já estavam previstas em uma federal, Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Wellington Dias viu que desgaste era realmente desnecessário e retirou o projeto de lei sobre servidores e concursos públicos.
Resultado
Na terça-feira (26), quando a reforma administrativa foi aprovada, o deputado estadual Gustavo Neiva estava falando que era necessária, apesar de achar que deveria ser mais ampla. Mas, mesmo com restrições, Gustavo Neiva votou a favor da reforma administrativa.
Especialmente
O mesmo Gustavo Neiva queria que os órgãos públicos tivessem suas funções limitadas, usando o termo exclusivamente, no texto da lei da reforma administrativa. Os deputados governistas ,como Fábio Novo (PT) e Franzé Silva, explicaram que o texto da reforma administrativa era sábio ao usar o termo especialmente porque limitava as suas atribuições dos órgãos públicos, mas não fechava para que recebesse recursos de outras áreas do Governo Federal. Os deputados entenderam e o texto da reforma administrativa ficou com o termo especialmente.
Articulação
A aprovação da reforma administrativa do Governo do Estado do Piauí joga luz e uma solução para os conflitos entre Governo Federal e Congresso Nacional. O governador Wellington Dias foi sábio ao usar o seu poder articulação para unir todos os parlamentares, da situação e da oposição, mesmo com uma maioria avassaladora no parlamento estadual, porque o importante é o resultado, fruto de um diálogo em que a população e o Estado ganham.
Palavras
O que está ocorrendo no Brasil é que as pessoas estão se perdendo pelas palavras ditas e não honradas. Todos parecem estar em uma Torre de Babel, com um diferencial negativo, ninguém quer construir uma torre, não existe um objetivo claro, o diálogo amplo e democrático não é exercitado. Ao mesmo tempo, as palavras se tornam espadas para batalhas intermináveis, com muito desgaste e nenhuma vitória. Por isso, a união de Wellington Dias e dos deputados estaduais e a aprovação da reforma administrativa têm muito o que ensinar para o Brasil.
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Efrem Ribeiro é jornalista, nas redes sociais.
Mito
A história que vai reaparecer na Bíblia, já com o efeito moral dos textos bíblicos, diz que a humanidade era uniforme nas gerações seguintes ao Grande Dilúvio, falando um único idioma e migrando para o oriente, para a terra de Shinar, onde combinam construir uma cidade e uma torre, alta o suficiente para alcançar o céu. Observando a cidade e a torre, Deus mistura suas vozes para que eles não possam entender uns aos outros e os dispersa por todo o mundo. Vamos usar aqui a Torre de Babel da Bíblia, que tem uma mensagem.
As palavras
A mitológica Torre de Babel é citada aqui para entender o que se passou, nessa terça-feira, 26/03, no Piauí e o que está ocorrendo no Brasil. Isso porque o governador Wellington Dias (PT) soube ouvir as outras vozes que não são as suas, mas dos deputados estaduais de oposição, para conseguir a aprovação, sem traumas e conflitos, pela Assembleia Legislativa (Alepi), da reforma administrativa do Governo do Estado.
Na frente
Wellington Dias é o primeiro governador do Brasil a aprovar a reforma administrativa para adaptar o Estado aos momentos de crucial crise financeira em que o estado vive. Antes, já tinha feito uma reforma na Previdência deixando apenas as lacunas que devem ser preenchidas pela reforma nacional.
Tolerância
Wellington Dias conseguiu aprovar sua reforma pela capacidade de dialogar, de aceitar a voz do outro, enxergar verdades e correção em argumentos dos deputados de partidos que não fazem parte de sua base de apoio na Assembleia Legislativa e dos parlamentares aliados, que tinham uma visão que não era a sua inicialmente. A deputada estadual Lucy Soares, que é do Progressistas, mas enfatiza ser independente, mulher de um líder da oposição, o prefeito Firmino Filho (PSDB), apresentou uma emenda mantendo a Coordenadoria do Idoso, que seria extinta na proposta de Wellington Dias.
Mudança
Por conta da emenda de Lucy Soares, a reforma administrativa do Governo do Estado ,que tinha previsto extinguir 19 órgãos públicos, foi aprovada pela Assembleia Legislativa com a extinção de 18 órgãos. Quem, com razão, iria contradizer o argumento de Lucy Soares de que os idosos devem ter uma Coordenadoria como existem as Coordenadorias da Mulher e da Juventude, principalmente porque as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que as populações brasileira e piauiense estão envelhecendo e a expectativa de vida está aumentando.
Raciocínio
O raciocínio de Lucy Soares era tão correto, que o governador Wellington Dias viu que ela tinha razão. A mudança foi feita, sem grandes perdas. O mesmo aconteceu quando o texto da reforma previa o congelamento de reajustes salariais, enquadramentos e promoções de servidores públicos estaduais, além de proibir novos concursos públicos para que o Governo do Estado não desrespeitassem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita gastos com pessoal à receita corrente líquida.
Consenso
Deputados da situação, como Fanzé Silva (PT), e da oposição, como Gustavo Neiva (PSB) e Tereza Britto (PV), convenceram o governador Wellington Dias e o Governo do Estado de que não fazia sentido a reforma administrativa, tão necessária e urgente, sofrer oposição e ameaça por uma lei com proibições que já estavam previstas em uma federal, Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Wellington Dias viu que desgaste era realmente desnecessário e retirou o projeto de lei sobre servidores e concursos públicos.
Resultado
Na terça-feira (26), quando a reforma administrativa foi aprovada, o deputado estadual Gustavo Neiva estava falando que era necessária, apesar de achar que deveria ser mais ampla. Mas, mesmo com restrições, Gustavo Neiva votou a favor da reforma administrativa.
Especialmente
O mesmo Gustavo Neiva queria que os órgãos públicos tivessem suas funções limitadas, usando o termo exclusivamente, no texto da lei da reforma administrativa. Os deputados governistas ,como Fábio Novo (PT) e Franzé Silva, explicaram que o texto da reforma administrativa era sábio ao usar o termo especialmente porque limitava as suas atribuições dos órgãos públicos, mas não fechava para que recebesse recursos de outras áreas do Governo Federal. Os deputados entenderam e o texto da reforma administrativa ficou com o termo especialmente.
Articulação
A aprovação da reforma administrativa do Governo do Estado do Piauí joga luz e uma solução para os conflitos entre Governo Federal e Congresso Nacional. O governador Wellington Dias foi sábio ao usar o seu poder articulação para unir todos os parlamentares, da situação e da oposição, mesmo com uma maioria avassaladora no parlamento estadual, porque o importante é o resultado, fruto de um diálogo em que a população e o Estado ganham.
Palavras
O que está ocorrendo no Brasil é que as pessoas estão se perdendo pelas palavras ditas e não honradas. Todos parecem estar em uma Torre de Babel, com um diferencial negativo, ninguém quer construir uma torre, não existe um objetivo claro, o diálogo amplo e democrático não é exercitado. Ao mesmo tempo, as palavras se tornam espadas para batalhas intermináveis, com muito desgaste e nenhuma vitória. Por isso, a união de Wellington Dias e dos deputados estaduais e a aprovação da reforma administrativa têm muito o que ensinar para o Brasil.
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Efrem Ribeiro é jornalista, nas redes sociais.
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