Acho que, no mundo, extremismos, sejam políticos ou religiosos, só têm causado estragos à humanidade. O que eu tenho ouvido de pessoas, com poucos conhecimentos educacionais, darem palpites sobre a educação brasileira, principalmente no que diz respeito ao pensamento freireano, é algo que beira a insanidade.
Discutir a obra de Paulo Freire, reconhecida no mundo todo, sem um estudo aprofundado de suas ideias é como navegar no mar das Tormentas sem conhecimento náutico. Alguns jornalistas que talvez tenham lido a capa de alguns de seus livros ou comentários de alguém ideologicamente contrário ao seu pensamento são incapazes de arguir com conceitos anacrônicos a validade da obra desse grande filósofo da educação brasileira. Tudo por causa do título de Patrono da Educação Brasileira. Esquecem, porém, de outros grandes nomes, igualmente importantes para a educação. Talvez até com obras muito mais densas que as dele. Cito, por exemplo, dois nomes indiscutíveis: Darcy Ribeiro e Rubem Alves.
Acho um extremismo ideológico querer execrar o pensamento de Paulo Freire, isto é para mim um retrocesso gigantesco. Afinal, educação sem ideias faz o ser humano voltar à condição de primatas ou de sobreviventes das cavernas. Eu aposto na pluralidade de ideias, no diálogo, nunca na imposição do que quer que seja.
Eu guardo um exemplar da Pedagogia do Oprimido que eu adquiri em 1983, quase vinte anos depois de sua publicação. É um livro que gosto por causa do seu caráter poético, amoroso, dialógico e solidário. Isto não significa que eu concorde com tudo que ali está escrito, mas o seu valor está ligado ao diálogo entre professores e alunos e, através dele, a superação da opressão pela conscientização.
Quando o assunto é educação no Brasil, vejo que a insanidade tomou conta do debate.
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Lourival Lopes Silva é unionense professor do IFPI de Campo Maior - nas redes sociais.
Discutir a obra de Paulo Freire, reconhecida no mundo todo, sem um estudo aprofundado de suas ideias é como navegar no mar das Tormentas sem conhecimento náutico. Alguns jornalistas que talvez tenham lido a capa de alguns de seus livros ou comentários de alguém ideologicamente contrário ao seu pensamento são incapazes de arguir com conceitos anacrônicos a validade da obra desse grande filósofo da educação brasileira. Tudo por causa do título de Patrono da Educação Brasileira. Esquecem, porém, de outros grandes nomes, igualmente importantes para a educação. Talvez até com obras muito mais densas que as dele. Cito, por exemplo, dois nomes indiscutíveis: Darcy Ribeiro e Rubem Alves.
Acho um extremismo ideológico querer execrar o pensamento de Paulo Freire, isto é para mim um retrocesso gigantesco. Afinal, educação sem ideias faz o ser humano voltar à condição de primatas ou de sobreviventes das cavernas. Eu aposto na pluralidade de ideias, no diálogo, nunca na imposição do que quer que seja.
Eu guardo um exemplar da Pedagogia do Oprimido que eu adquiri em 1983, quase vinte anos depois de sua publicação. É um livro que gosto por causa do seu caráter poético, amoroso, dialógico e solidário. Isto não significa que eu concorde com tudo que ali está escrito, mas o seu valor está ligado ao diálogo entre professores e alunos e, através dele, a superação da opressão pela conscientização.
Quando o assunto é educação no Brasil, vejo que a insanidade tomou conta do debate.
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Lourival Lopes Silva é unionense professor do IFPI de Campo Maior - nas redes sociais.
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