Eu não sou do PT (aliás, de nenhum partido), e acho interessante algumas pessoas concluírem que quem não apoia Bolsonaro - e eu abomino e luto contra - é do PT. Coisa de mentalidade reconhecidamente tacanha.
Entretanto, eu confesso que sempre tive uma afeição maior por pessoas e pensamentos da esquerda. E tenho ojeriza da palavra "conservador". Só me remete a quem parou no tempo e se recusa a crescer, mudar, evoluir.
Hoje, estava lembrando que, ainda estudante do Colégio das Irmãs, fui chamada pela madre superiora para uma conversa. Ela tinha preocupação com minhas "ideias libertárias" que começavam a partir do meu cabelo: crespo, solto, usado com uma trança de 4 cores feita por mim...
Já na universidade, a primeira greve da UFPI foi no curso de Engenharia Civil e comandada pela minha turma. Na primeira greve geral, eu era a representante da assembleia na negociação com a reitoria (Osmar Júnior era o presidente do DCE). E na primeira greve de fome, as panelas que fizeram a sopa para os grevistas, quando ela acabou, foram da minha casa.
Participei do Movimento Estudantil local e também nacional, incluindo a participação num congresso em Vitória/ES pela reconstrução da UNE.
Também vi quando nosso movimento se dividiu para formar os partidos políticos: PT e PCdoB. Tive amigos dos dois lados... mas sempre me afastei dos "pelegos".
Então, eu vivi o campus universitário na minha época de estudante e dele veio muito da consciência que hoje trago em mim.
E tenho absoluta convicção de que é exatamente isso que querem destruir, mas não vão conseguir. A universidade é - e deve continuar sendo - um local que instigue a pensar, questionar, duvidar, provocar, pressionar. Sem isso, perde seu sentido: pode formar profissionais, mas não homens e mulheres de verdade.
É o que eu penso.
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Suzane Jales é Jornalista, Escritora e Coach de Desenvolvimento Pessoal e Profissional com foco no Autoconhecimento; nas redes sociais.
Entretanto, eu confesso que sempre tive uma afeição maior por pessoas e pensamentos da esquerda. E tenho ojeriza da palavra "conservador". Só me remete a quem parou no tempo e se recusa a crescer, mudar, evoluir.
Hoje, estava lembrando que, ainda estudante do Colégio das Irmãs, fui chamada pela madre superiora para uma conversa. Ela tinha preocupação com minhas "ideias libertárias" que começavam a partir do meu cabelo: crespo, solto, usado com uma trança de 4 cores feita por mim...
Já na universidade, a primeira greve da UFPI foi no curso de Engenharia Civil e comandada pela minha turma. Na primeira greve geral, eu era a representante da assembleia na negociação com a reitoria (Osmar Júnior era o presidente do DCE). E na primeira greve de fome, as panelas que fizeram a sopa para os grevistas, quando ela acabou, foram da minha casa.
Participei do Movimento Estudantil local e também nacional, incluindo a participação num congresso em Vitória/ES pela reconstrução da UNE.
Também vi quando nosso movimento se dividiu para formar os partidos políticos: PT e PCdoB. Tive amigos dos dois lados... mas sempre me afastei dos "pelegos".
Então, eu vivi o campus universitário na minha época de estudante e dele veio muito da consciência que hoje trago em mim.
E tenho absoluta convicção de que é exatamente isso que querem destruir, mas não vão conseguir. A universidade é - e deve continuar sendo - um local que instigue a pensar, questionar, duvidar, provocar, pressionar. Sem isso, perde seu sentido: pode formar profissionais, mas não homens e mulheres de verdade.
É o que eu penso.
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Suzane Jales é Jornalista, Escritora e Coach de Desenvolvimento Pessoal e Profissional com foco no Autoconhecimento; nas redes sociais.
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