A jornalista Leda Nagle se orgulha de ter trabalhado, na infância, no comércio dos pais e de ter sido uma das melhores alunas do colégio que frequentou. Enviei à jornalista o seguinte questionamento (antes, digo: também trabalhei para meus pais, o que não justifica, hoje, adultos bem sucedidos estarem fazendo apologia do trabalho infantil): “E o que vc acharia se tivesse trabalhado, na infância, no comércio de um estranho, aproveitando-se da falta de uma legislação que coibisse o trabalho infantil e escravo? Já pensou se vc tivesse sido uma criança vulnerável? Talvez nem tivesse postando mensagens no Twitter hoje.”
Trabalhar na infância no comércio dos pais ou fazendo brigadeiro com a mãe não é exemplo de trabalho infantil. Exemplo, e o pior exemplo para esse país tão desigual, é a criança na carvoaria, no canavial ou quebrando castanha para patrões escravagistas.
Trabalhar na infância no comércio dos pais ou fazendo brigadeiro com a mãe não é exemplo de trabalho infantil. Exemplo, e o pior exemplo para esse país tão desigual, é a criança na carvoaria, no canavial ou quebrando castanha para patrões escravagistas.
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