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acessepiaui@hotmail.com

01/09/2019 - 18h41

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Getúlio Vargas e o projeto de Nação Brasileira

O presidente soube jogar bem com o trabalho e o capital. Criou sindicatos que ancorados com contribuições obrigatórias- e em leis trabalhistas.

Presidente Getúlio Vargas

 Presidente Getúlio Vargas

Getúlio Vargas não tinha nada a ver com a doutrina Keynesiana. O britânico John Maynard Keynes, um teórico da macroeconomia, recusou-se a aceitar o socialismo e o fascismo- dois extremos-, pois ambas doutrinas sacrificavam a democracia para chegar a seus fins. O leninismo para acabar com o capitalismo. Mussoline para salvar o capitalismo. 

Vargas, em 1937 instalou no Brasil a ditadura do Estado Novo, que duraria até 1945. Suprimiu a democracia. Cerceou liberdades individuais com enormes danos ao conjunto social. Tirou de sua companhia Plínio Salgado- teórico do integralismo (fascismo) e prendeu o já líder comunista Carlos Prestes. E soube jogar bem com o trabalho e o capital. Criou sindicatos que ancorados com contribuições obrigatórias- e em leis trabalhistas- tornaram-se organizações fortes. Para manter-se no meio de toda ebulição doutrinária da época utilizou-se do sistema de freios e contrapesos. 

O Sistema S, ligado ao Capital, nasceu de sua faceta liberal. Na verdade Vargas foi um Nacionalista, enraizado no Positivismo- doutrina que teve Júlio de Castilho, um rio-grandense do Sul, como seu maior expoente, no Brasil. E sua ambiguidade doutrinária completa-se no Ministério da Educação e Saúde. Para titular da pasta põe Gustavo Capanema, mineiro, e discípulo de Francisco Campos, o “Chico Ciência”, um jurídico ultraconservador e autor da “Constituição Polaca”, que inspirou o Estado Novo. Em contrapartida lá alojou os intelectuais de esquerda, como Carlos Drumond de Andrade, Osvaldo Andrade, Cândido Portinari, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer. 

O que se queria era um projeto de Nação e formatar a identidade do “homem brasileiro”.

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Flávio Nogueira é médico e deputado federal (PDT-PI), nas redes sociais. 

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