Havia uma fábrica de laticínios no centro do semiárido piauiense no fim do século XIX, montada com equipamentos vindos da Europa. Tempo em que para chegar alguma "encomenda" por aquelas bandas, só no lombo de burros e em viagens que poderiam levar dias, meses.
Essa fábrica, pertencente ao proprietário das chamadas Fazendas Nacionais, conseguiu abastecer o Nordeste com manteiga e queijo por um certo período. Foi a primeira do gênero na região.
Ela entrou em declínio, fechou, mas continua de pé, quase em ruínas, a suplicar, na sede do município de Campinas do Piauí, a 40 km de Simplício Mendes e 400 km de Teresina, por um lugar na história do Estado.
Há um movimento para transformá-la em centro cultural. Não é bem isso que parece ser o destino apropriado daquela intrigante falida fábrica. Se sua glória foi fazer manteiga e queijo a partir do leite ordenhado das vacas sertenejas, cabe-lhe muito mais o posto de "pedra fundamental" do turismo rural do Piauí.
Voltar a produzir em pequena escala numa ação integrada com os fazendeiros e possíveis assentamentos "ao redor" da fábrica. Atrair urbanos curiosos em saber como se tira leite no sertão, como o gado e o humano sobrevivem ao castigo da estiagem e como é essa relação com a natureza um tanto quanto hostil, que só "facilita" as coisas nas chuvas, geralmente irregulares.
Dar um sentido histórico ampliado à fábrica de laticínios de Campinas do Piauí com investimentos públicos e privados direcionados para o turismo rural. Preparar a cidade e fazendas para hospedar e alimentar o visitante. Levá-lo para dentro do semiárido e mostrar porque o sertanejo é "antes de tudo, um forte". Uma fábrica de queijo, manteiga e doce de leite é capaz de tudo isso.
Essa fábrica, pertencente ao proprietário das chamadas Fazendas Nacionais, conseguiu abastecer o Nordeste com manteiga e queijo por um certo período. Foi a primeira do gênero na região.
Ela entrou em declínio, fechou, mas continua de pé, quase em ruínas, a suplicar, na sede do município de Campinas do Piauí, a 40 km de Simplício Mendes e 400 km de Teresina, por um lugar na história do Estado.
Há um movimento para transformá-la em centro cultural. Não é bem isso que parece ser o destino apropriado daquela intrigante falida fábrica. Se sua glória foi fazer manteiga e queijo a partir do leite ordenhado das vacas sertenejas, cabe-lhe muito mais o posto de "pedra fundamental" do turismo rural do Piauí.
Voltar a produzir em pequena escala numa ação integrada com os fazendeiros e possíveis assentamentos "ao redor" da fábrica. Atrair urbanos curiosos em saber como se tira leite no sertão, como o gado e o humano sobrevivem ao castigo da estiagem e como é essa relação com a natureza um tanto quanto hostil, que só "facilita" as coisas nas chuvas, geralmente irregulares.
Dar um sentido histórico ampliado à fábrica de laticínios de Campinas do Piauí com investimentos públicos e privados direcionados para o turismo rural. Preparar a cidade e fazendas para hospedar e alimentar o visitante. Levá-lo para dentro do semiárido e mostrar porque o sertanejo é "antes de tudo, um forte". Uma fábrica de queijo, manteiga e doce de leite é capaz de tudo isso.
Mauro Sampaio
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