Auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) fizeram caminhada debaixo de uma chuva fina pela Esplanada dos Ministérios para protestar contra o possível fatiamento do órgão na reforma administrativa prometida pela presidenta Dilma Rousseff.
A CGU perderia a autonomia da fiscalização do uso dos recursos da União, inclusive os transferidos para os Estados e municípios, e ficaria dividida em três ministérios: Casa Civil, Justiça e da Cidadania (a ser criado).
O ex-presidente Lula deu vitalidade à CGU. Dilma pode estar subtraindo no afã de economizar gastos sob imposição do ajuste fiscal. Para equilibrar receitas e despesas de 2016, o governo precisa deixar ou levar ao cofre R$ 30 bilhões, no mínimo.
Entre 2002 e junho de 2015, a CGU analisou 23.739 contas e encontrou 19.137 irregulares. Os processos são encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU). O retorno potencial ao Tesouro Nacional é calculado em R$ 14,2 bilhões. Os auditores afirmam que o rebaixamento da CGU é um duro golpe contra o combate à corrupção.
Mauro Sampaio
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.