É protocolar dizer que vai governar até dezembro de 2018, afinal foi reeleita para cumprir o mandato. Mas, com Dilma Rosuseff não está sendo bem assim. A presidenta não consegue uma semana de paz na economia e na política.
Entre esbanjar otimismo do tipo "estou vendo uma luz no fim do túnel" e observar um governo incapaz de reunir 257 deputados para manter vetos numa sessão do Congresso Nacional, fica-se com a segunda opção. A farta distribuição de ministérios ao PMDB não surtiu o efeito desejado.
E já que as contas secretas de Eduardo Cunha na Suíça não dão manchetes nem indignam o brasileiro que marcha contra a corrupção do PT, o Tribunal de Contas da União (TCU) está com carta branca para rejeitar as contas do mandato anterior. O governo é acusado de deslocar de forma irregular mais de R$ 40 bilhões de bancos para programas sociais. Punição política: impeachment. Cunha, que não sai por bem (talvez nem por mal) da Presidência da Câmara dos Deputados, está a postos para abrir o processo.
Não bastasse isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá julgar ação do PSDB de impugnação da chapa Dilma-Michel Temer. O PMDB do vice não está muito preocupado em descobrir o que se passa na cabeça dos sete magistrados. O partido estará no poder de qualquer jeito.
As facas estão todas no pescoço de Dilma Rousseff. Os golpes prometem ser profundos, ferindo de morte a própria, o PT e a esquerda.
Mauro Sampaio
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