As pedaladas fiscais do Governo Dilma Rousseff em 2014, especialmente para salvar programas sociais, foram condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por unanimidade. Ela afirma que não pode pagar por um crime que não cometeu, o de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e, consequentemente, de responsabilidade, que enseja o impeachment.
O TCU amolou uma faca da oposição no pescoço da presidenta. E outra pode sair do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PSDB espera que pelo menos quatro ministros da Corte votem a favor da ação de impugnação da chapa PT-PMDB.
Em comunicado à imprensa, a assessoria de comunicação da Presidência da República criticou a decisão do TCU:
Os órgãos técnicos e jurídicos do Governo Federal têm a plena convicção de que não existem motivos legais para a rejeição das contas. Além disso, entendem ser indevida a pretensão de penalização de ações administrativas que visaram a manutenção de programas sociais fundamentais para o povo brasileiro, tais como Bolsa Família, Minha Casa Minha vida. Também entendem não ser correto considerar como ilícitas ações administrativas realizadas em consonância com o que era julgado, à época, adequado pelo Tribunal de Contas da União.
O que falta à Dilma é fazer política, que significa: comunicar-se, dialogar e utilizar os espaços midiáticos que o governo têm direito. Achar que não será sacrificada porque é honesta é acreditar que a imprensa, o Congresso Nacional e os homens de preto do Judiciário julgam inteiramente comprometidos com a verdade dos fatos.
Ela vira as costas para uma dura realidade: a luta pelo poder é tão humana que é a mais perversa de todas as lutas. É desumana. O honesto pode cair sob aplausos da população. E o desonesto fica, posando de herói dos indignados com a corrupção "que está aí".
Mauro Sampaio
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