Enquanto Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai ficando na Presidência da Câmara dos Deputados, Dilma Rousseff pode estar iniciando a dolorosa saída do Palácio do Planalto. Ele, o achacador-geral da República, avalizou o pedido de impeachment.
São pedaladas fiscais que mandarão a petista mais cedo para casa? Um conhecedor dos cinismos, hipocrisias e traições recorrentes na disputa pelo poder afirma:
Até as pedras sabem que o motivo da saída de Dilma não é uma pedalada fiscal aqui e outra acolá.
O que está em curso é a engenharia política em seu estado mais sórdido de desconstrução e construção. Leva-se abaixo uma governante reeleita porque até ditos aliados (leia-se PMDB) querem tirar o PT do poder com antecedência.
Cansaço de mais de 12 anos sem ganhar nas urnas.
Aproveitam as burradas políticas e administrativas da governante e a ansiedade da população por alguma boa notícia. A boa notícia será o impeachment, que trará a boa nova do fim da corrupção e da chegada ao poder de uma turma ilibada e especialista em crescimento econômico (sorriam).
Cantarão, cinicamente, o Hino Nacional, a plenos pulmões.
O Brasil é um museu de grandes novidades, disse Cazuza, acertadamente, antes mesmo da primeira eleição presidencial pós-ditadura.
Mauro Sampaio
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