Em carta à presidenta Dilma Rousseff, o vice Michel Temer reclamou que faz papel decorativo no governo petista. Fazia parte do enredo do impeachment golpista o rompimento e o correr para o abraço da oposição.
Havia caído no rídiculo essa discussão da relação e já se encaminhava para o esquecimento, mas o procurador do Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira, que faz campanha contra o PT nas redes sociais, respondeu ao questionamento do PPS sobre a possibilidade de cometimento de crime de responsabilidade por Michel Temer por também ter assinado decretos relativos às tais pedaladas fiscais, que colocaram a corda no pescoço de Dilma:
Diferentemente do que ocorre com o vice-presidente de uma empresa estatal ou de um órgão público qualquer, o vice-presidente da República e demais autoridades que compõem a linha sucessória não participam da alta administração, não exercem papel diretivo no Poder Executivo, não designam a equipe de governo, enfim, não fazem a gestão do país.
Seria incongruente com a realidade e com a natureza das coisas exigir que o substituto meramente eventual e interino tenha pleno domínio ou ciência dos assuntos de rotina que lhe são apresentados a despacho.
Evidentemente que, até por lealdade institucional e continuidade administrativa, o substituto eventual da presidente age em nome dela, instruído pela equipe dela, de acordo com a orientação por ela estabelecida.
Resumo da patética opinião do procurador do TCU: quando Michel Temer assume interinamente a Presidência da República é um pau mandado, incapaz de responder por seus atos.
É o vice mais decorativo de todos os tempos.
Mauro Sampaio
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