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Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

26/01/2016 - 14h47

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Mauro Sampaio

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26/01/2016 - 14h47

Receita para o Ministro da Saúde

Declarações de Marcelo Castro sobre o combate "perdido" contra o mosquito da dengue podem enfraquecê-lo. Vacina contra a demissão é dosar as palavras

Para continuar Ministro da Saúde, Castro precisa dosar as palavras (foto: Mauro Sampaio)

 Para continuar Ministro da Saúde, Castro precisa dosar as palavras (foto: Mauro Sampaio)

O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, tem duas atuações distintas. É elogiado pelos parlamentares por dar atenção às demandas dos Estados, ainda que ouvir e fazer estejam em boa distância com a escassez de recursos, mas surpreende e irrita a presidenta Dilma Rousseff com suas declarações "sinceras" sobre o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito que até há pouco tempo só era conhecido como o "mosquito da dengue".

 

A microcefalia também está relacionada a esse inseto que pertuba as gestantes. Marcelo Castro teme uma "geração de sequelados" porque "nós estamos perdendo feio" no combate ao Aedes aegypti. O jornalista Paulo Moreira Leite faz uma dura crítica ao piauiense:

 

Antes de aplaudir a franqueza do ministro, a pergunta é saber qual sua serventia. Ao conjugar o verbo na primeira pessoa do plural, o "nós", que lhe permite dividir responsabilidades com 200 milhões de brasileiros, o ministro evita o pronome correto para uma autoridade na hora em que é preciso demonstrar sentido de responsabilidade e testar sua própria competência - "eu".

 

Para não ser picado pelo mosquito da demissão, Marcelo Castro precisa, urgentemente, vacinar a fala e assumir  o "eu, o Ministro da Saúde". É a receita.

 

Mauro Sampaio

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