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Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

23/02/2016 - 10h41

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Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

23/02/2016 - 10h41

PT insiste em errar

Programa televisivo do partido faz um singelo mea-culpa, inclusive na participação de Lula. Muito pouco para quem errou tanto

Está duro para o PT reconquistar a confiança ao não aceitar o desafio de se desculpar para valer (foto: Mauro Sampaio)

 Está duro para o PT reconquistar a confiança ao não aceitar o desafio de se desculpar para valer (foto: Mauro Sampaio)

Há no PT quem diga, constrangido, que o único partido que não poderia ter caído na desgraça da corrupção era o próprio. Não só caiu, no mensalão, como voltou a cair, no petrolão. Houve a oportunidade de se "purificar" quando o eleitor "perdoou" Lula em 2006, 2010 e 2014, reelegendo-o e aceitando o desafio de Dilma Rousseff na presidência, também duas vezes (ou, nem tanto, dependerá do processo de impeachment e do Tribunal Superior Eleitoral).

 

Ao admitir que cometeu erros sem dizer quais erros, o PT continua cometendo erros. A diferença só se daria se houvesse um ato de profunda humildade: "Aceitamos as regras do jogo que estavam postas. Permitimos que o sistema continuasse como está, inclusive o midiático. Nada fizemos contra essa forma de fazer política no Brasil. Fomos covardes esse tempo todo e pagamos o preço que devemos à sociedade. O PT pede, contrito, desculpas."

 

O PSDB não pede desculpas pelos seus escãndalos. O PMDB, não. o DEM, nem se fala. O poder igualou o PT ao entrar no buraco dos ratos e ao não saber sair do buraco. Os acertos dos governos de Lula e Dilma, na busca de um país menos desigual, são muitos, isso também é verdade. Nem precisa dizer que o Jornal Nacional quer passar a borracha no que há de positivo, deixando com o PT toda a responsabilidade pelas desgraças do Brasil, como se antes de 2003 aqui fosse um país impecável e sem corrupção.

 

Está difícil, senão impossível, sair do buraco e voltar às ruas para pedir votos de cabeça erguida.

 

Mauro Sampaio

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