O PMDB é parte integrante do governo eleito e reeleito com a chapa Dilma, do PT, e Michel Temer, o peemedebista. Mais do que uma aliança, tornou-se um projeto comum de gestão do Brasil.
Há peemedebistas que não se misturam a petistas, por desavenças estaduais ou por incompatilidade de genes políticos. Mas, o PMDB é governo, está no governo, compõe o governo, foi eleito para governar.
Se desembarca, entregando ministérios e 600 cargos de menor escalão, o que continuará fazendo Michel Temer alojado na Vice-Presidência da República? Se fosse um estadista, providenciaria, imediatamente, a renúncia.
Se fosse pelo bem do Brasil, jamais teria aceitado as chantagens de Eduardo Cunha contra o governo. Se fosse contra a corrupção, teria expulsado do PMDB o Presidente da Câmara dos Deputados. Ao contrário, o vice estimulou a crise para se tornar a solução.
Ficar no cargo conspirando contra Dilma Rousseff é coisa de golpista covarde. Receber a faixa presidencial depois de um impeachment sem crime de responsabilidade é vergonhoso para um partido que se autodenomina "da redemocratização" e "da governabilidade".
O presente já lhe reserva novo epíteto: do golpismo.
*Texto também publicado no blog Brasília do portal Política Real
Mauro Sampaio
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