O Brasil saberá em abril se o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff irá ao Senado Federal ou ao arquivo da Câmara dos Deputados. Ainda há quem insista para que ela aceite o "honroso gesto" da renúncia.
Mas, logo agora, que as manifestações contra o "impeachment golpista" ganham terreno nas ruas, nos bares, nos palcos e nas redes sociais? O jornal Folha de S. Paulo admite que são frágeis os argumentos do afastamento e faz apelo para que a petista renuncie, o vice faça o mesmo e sejam convocadas eleições gerais este ano. Não é o primeiro ente a querer esse desfecho. A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) ilumina sua sede com um "Renúncia Já". Deputados oposicionistas até imploram, haja vista o "risco" do impeachment ser derrotado. A presidenciável Marina Silva sonha com eleições em 2016 e a vitória, finalmente. A revista IstoÉ arruma uma Dilma em ataque de nervos, sem condições de continuar no comando do País. A Globo continua autêntica: a saída é pelo golpe.
Dilma, sem dar por vencida, responde a todos:
- Podem me virar dos avessos. E é esse o problema. Por que eles pedem que eu renuncie? Por que eu sou mulher, frágil? Eu não sou frágil, não foi isso a minha vida. Sabe por que pedem que eu renuncie? Para evitar o imenso constrangimento de tirar uma presidenta eleita, de forma indevida, de forma ilegal, de forma criminosa.
A presidenta deve saber que renunciar seria um golpe contra quem a elegeu, contra a sua militância, contra quem está nas ruas em defesa da democracia. O poder exige sacrifícios e muita luta.
Mauro Sampaio
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